“A verdade se corrompe tanto com a mentira como com o silêncio” - Cícero

DIRETORES

A cena se repete a cada pleito eleitoral. Nas escolas públicas estaduais e municipais, os diretores das unidades quase não param mais em seu local de trabalho. O motivo é que a maioria está servindo de cabo eleitoral. Um professor que leciona nas duas redes de ensino afirmou anteontem, para a Parabólica, que tem visto que os diretores de escolas são convocados para até três reuniões eleitorais a cada semana. É mole?

 RETRIBUIÇÃO

Embora os diretores das unidades escolares sejam obrigados de alguma forma a atender à pressão para pedir votos, é bom lembrar que, na maioria das vezes, esses cargos são indicações políticas, por isso os detentores sentem-se automaticamente na obrigação de retribuir o favor se tornando cabo eleitoral de seus padrinhos. Não custa lembrar que até hoje o governo não cumpriu o acordo assinado no fim da greve dos professores, em 2012, quando ficou acertado que seria convocada eleição direta para diretor de escolas.

 COPIANDO

A criatividade não tem sido o forte do material de campanha eleitoral de candidatos no pleito deste ano. Na disputa pelo governo, a coligação de um dos candidatos copiou um vídeo do Amazonas. Mas, depois de criticar seu adversário, o candidato de oposição também produziu um vídeo muito semelhante. Esse é o sinal de que, na campanha deste ano, “nada se cria, tudo se copia”.

 NA REDE

Nas redes sociais, os candidatos mais indiferentes à internet criaram perfis e passaram a seguir qualquer pessoa. Entre eles existem alguns que sequer interagiam com os seus “seguidores” antigos e que agora passaram a seguir internautas achando que só isto basta para conquistar votos. Há os que não admitem qualquer contestação e, em vez de dialogar, bloqueiam os eleitores mais indesejados.

 BLOQUEIOS

O ex-governador Anchieta Junior (PSDB) tenta furar os bloqueios que encontra dentro do grupo governista, com quem havia o acordo de ser o único candidato ao Senado. Mas, depois de não ter mais a caneta do Executivo nas mãos, a realidade se transformou. Hoje seu nome passou a ser evitado na hora de pedir votos ou até mesmo utilizado para jogar a culpa por tudo de ruim do que está ocorrendo no Estado.

 SAIA-JUSTA

Nem mesmo sua presença está sendo respeitada. Na semana passada, em uma reunião realizada por seus correligionários no Sul do Estado, um político de alto coturno convidado aproveitou sua fala para dizer que o grupo governista tinha também o nome de outro candidato ao Senado. Uma saia-justa para todos, pois o ex-governador replicou dizendo aquela reunião foi organizada exclusivamente pelo seu grupo para ele.

 PROBLEMAS

Anchieta provavelmente encontrará problemas ao querer medir forças com o grupo governista, que por sua vez tenta evitá-lo a qualquer custo. Desde o final de semana, ele começou a instalar placas com sua foto ladeada pelas fotos do governador Chico Rodrigues (PSB) e do candidato a vice, deputado Rodrigo Jucá (PMDB), tudo por sua conta e risco.

 NOTIFICAÇÃO

O problema é que, no grupão governista, os candidatos ao Senado não estão coligados com o candidato ao Governo do Estado. Sendo assim, Anchieta fatalmente deverá ser notificado pela Justiça Eleitoral para retirar essas placas em que ele aparece com Chico Rodrigues e Rodrigo Jucá, mas isto só se houver denúncia formalizada. A multa pode chegar a R$5 mil por placa.

 DISCUSSÃO 1

O acidente com uma viatura do Ronda no Bairro, no fim de semana passado, acabou por provocar uma discussão entre os próprios policiais militares. Há um grupo que afirma que, na pressa de disponibilizar o maior número de viaturas possíveis circulando na rua, os gestores estão escalando duplas de policiais recém-formados, sem experiência de rua.

 DISCUSSÃO 2

Conforme essa ala dentro da Corporação, a Polícia Militar tem dezenas de sargentos ou cabos antigos que deveriam estar no comando dessas viaturas, mas não se sabe por onde andam esses militares mais experientes. O temor é que ocorram acidentes mais graves. Este, em questão, provocou um ferimento no rosto de um policial, atingido por um tablet que foi lançado pelo airbarg do carro na hora da colisão em um muro.

 DOMÉSTICA

A partir desta quinta-feira, dia 7, quando começa a valer a nova lei, o patrão que não assinar a Carteira de Trabalho da empregada doméstica poderá sofrer penalidade. A multa para quem não cumprir a legislação será de R$ 805,06. Até aqui, ao completar um ano de existência, a lei pouco tinha influenciado a formalização do mercado de trabalho da categoria, que era seu objetivo.

 FISCALIZAÇÃO

A fiscalização da lei será realizada por auditores fiscais do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de cada Capital. Mas, para autuar o infrator, o fiscal não poderá entrar na casa do empregador sem o consentimento dele, segundo a Constituição Federal, que garante a inviolabilidade dos domicílios.

 NOTIFICAÇÃO

Em caso de descumprimento da legislação, o auditor notifica o empregador a comparecer ao MTE em dia e hora previamente marcados para que demonstre ou promova a anotação da Carteira de Trabalho o cumprimento dos direitos trabalhistas da empregada doméstica. A população pode realizar denúncias por meio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).