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As coisas podem andar, avalia senador sobre Linhão de Tucuruí

Telmário Mota comentou visita do presidente Jair Bolsonaro à Guiana, criticou agenda do ministro da Infraestrutura em Roraima, e ainda a comissão externa do Congresso que veio ao Estado apurar denúncias de violências de garimpeiros contra indígenas

O senador Telmário Mota (Pros) afirmou nesse domingo (15), ao programa Agenda da Semana, da Folha FM, que “as coisas podem andar” após o acordo firmado entre o governo federal e os indígenas Waimiri Atroari em torno da passagem do Linhão de Tucuruí, que promete ligar Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

“Acredito realmente que a coisa pode andar. [Mas] agora mudou o ministro [de Minas e Energia] de novo [Adolfo Sachsida entrou no lugar de Bento Albuquerque]. Vamos sentir a nova política do ministro e vamos ver. Mas ficou o acordo de R$ 90 milhões pros indígenas, por parte do governo, e R$ 43 milhões por parte da empresa”, disse.

“O que mais me chama atenção disso é que não é só 133 quilômetros de [reserva] indígena? Por que não adianta esse trabalho logo, de Manaus até a área indígena, e de Boa Vista até a área indígena, para esperar os 133km?”, questionou.

Visita a Georgetown

Integrante da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Guiana, no encontro com o presidente do País vizinho, Irfaan Ali, o parlamentar disse que a visita do brasileiro, a princípio, não tinha interesse do Estado.

“Incluímos aqueles itens como pavimentação da estrada [Lethem a Linden), a questão do transporte porque tem baldeação tanto de carga como de gente, defendemos acabar com esse sistema. Falamos da qualidade da internet e pedimos para intensificar o debate da mosca da carambola e a questão da ferrovia”, lembrou.

Críticas à agenda do ministro da Infraestrutura

Telmário criticou agenda do ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, que a princípio não inclui visita a rodovias federais como a BR-174, cuja atual situação tem sido alvo constante de reclamações da população local. Ademais, revelou que demonstrou a indignação a Sampaio, por mensagem.

“Fui sincero ao ministro, por mensagem, dizendo que é uma honra recebê-lo. Agora se o senhor não vir para discutir a BR-174, a BR-401, vir a Roraima e não ver a questão da balança para aferir o peso dessas cargas, é melhor vir em outra oportunidade”, disse.

Telmário Mota disse, ainda, que existe divergências entre as falas do superintendente do DNIT-RR (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Marcelo Geber, e o atual ministro da Infraestrutura, em torno de presença ou ausência de recursos suficientes para a recuperação de rodovias. “A informação que tínhamos é que o DNIT tinha recurso para essa manutenção [da BR-174]”, enfatizou.

Comissão do Congresso em Roraima

Integrante da comissão externa do Congresso que veio a Roraima, nesta semana, para apurar denúncias de violências praticadas por garimpeiros contra indígenas na Terra Yanomami, Telmário Mota criticou o grupo de trabalho, ao dizer que faltou representatividade por parte de associações e pessoas ouvidas, e que não viu segurança nas acusações feitas contra garimpeiros.

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