A decisão sobre a melhor idade para matricular os filhos na escola envolve diversas considerações, como as opções oferecidas pelas instituições de ensino, a necessidade da criança de desenvolver habilidades sociais e cognitivas e as determinações impostas pelas leis do país.
Além disso, é preciso considerar a rotina e disponibilidade financeira dos pais e responsáveis. Com tantas questões, encontrar o equilíbrio é fundamental para garantir uma experiência escolar positiva e enriquecedora para os filhos.
O que diz a lei?
De acordo com a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990, as crianças têm direito à educação, sendo este um direito fundamental para o desenvolvimento de todos os brasileiros. O ECA enfatiza que a criança e o adolescente possuem o direito à educação com o objetivo de promover o desenvolvimento pessoal e a qualificação para o mercado de trabalho.
Embora esses direitos sejam claros, nenhuma das duas diretrizes determina a idade exata para matricular a criança na escola. Para garantir uma Educação Básica, em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determinou a idade máxima para ingressar no ambiente escolar.
Atualmente, as crianças que completam 4 anos até o dia 31 de março devem ser matriculadas na Educação Básica naquele ano. Já aquelas que fazem 4 anos após essa data devem ser matriculadas apenas no ano seguinte.
O que considerar antes de matricular os pequenos
Embora a legislação estipule a idade de 4 anos para o início na Educação Básica, é possível matricular os pequenos antes mesmo dessa fase. Questões como desenvolvimento da criança, rotina dos familiares e características sociais das crianças devem ser consideradas.
Caso os responsáveis pela criança possam cuidar do pequeno em tempo integral, é possível considerar a matrícula entre os 2 anos e meio e 3 anos. De modo geral, essa é uma idade na qual as crianças já possuem a capacidade de se comunicar e não precisam mais utilizar fraldas. Dessa forma, ao ingressar no ambiente escolar, os pequenos poderão interagir, brincar e se comunicar com outras crianças.
Já as crianças menores, que demandam maior cuidado, como troca de fralda e banho, devem ser matriculadas em berçários. Apesar de os bebês ainda não socializarem como as crianças maiores, atividades de estímulo passadas por cuidadores capacitados podem auxiliar no desenvolvimento cognitivo, criatividade e coordenação motora.
Independentemente da escolha da idade, matricular os filhos na escola possibilita a interação e a convivência com diversos tipos de crianças, favorecendo questões como empatia e senso de sociedade.
Por fim, é preciso analisar a disponibilidade financeira e a rotina dos pais antes de ingressar os pequenos no ambiente escolar. Para auxiliar na matrícula e no controle financeiro, é possível optar por berçários, creches e escolas que utilizam o sistema de gestão de mensalidade, de modo que seja um valor constante, possível de incluir no planejamento financeiro dos pais.