Geral

Dirigente do Progresso tenta fugir sem pagar atletas e fornecedores

O empresário de futebol Alexandre Lindner, do Rio Grande do Sul, gestor de futebol do Progresso Clube de Mucajaí, está sendo acusado de tentar sair às escondidas do Estado e deixar atletas, comissão técnica e fornecedores do clube sem pagamento. O caso aconteceu na noite desta quita-feira, depois do jogo em que o Progresso estreou no Campeonato Estadual. 

Segundo a reportagem apurou, Lindner foi pego no aeroporto de Boa Vista tentando embarcar para o Rio Grande do Sul, deixando os jogadores e a comissão técnica sem comida e sem o pagamento dos salários.

A Folha tentou contato com Lindner par saber sua versão, mas não conseguimos. Também tentamos contato com o treinador Niltinho Boadeiro para confirmar a versão de que ele é que teria suspeitado da ‘fuga’ do dirigente, o localizado no aeroporto e chamado a polícia, mas seu telefone estava fora de área desde as primeiras horas da manhã de ontem.

Já o ex-supervisor de futebol do Progresso, Fernando ‘Neneca’ César Silva, quebrou o silêncio e falou sobre os motivos que o fizeram tomar a decisão de sair do clube na semana passada, 15 dias após sua chegada em Mucajaí.

“Percebi assim que cheguei ao clube que havia algo diferente na maneira de como ele (Alexandre Lindner) conduzia as coisas, de como cobrava os jogadores sobre transferência, pedindo dinheiro de transferência dos atletas para poder profissionalizar jogadores, então comecei a perceber e ter uma noção exata de que a coisas não estavam corretas e como tenho um nome a zelar por ser conhecido em todo Brasil e mais recente na Região Norte, resolvi por bem sair e sem expor esses motivos, mas infelizmente já tinha uma noção de que isso poderia acontecer a qualquer momento”, disse.

Embora surpreso, Neneca afirmou que o futebol tem que banir pessoas como essa pelo bom andamento e pelo respeito e profissionalismo dos trabalhos no futebol profissional.

“Mas o que me surpreendeu foi à gravidade da coisa, com a pessoa querendo fugir com dinheiro de outros e deixar os atletas sem assistências. Essa pessoa tem quer banida do futebol e ser presa pelo ato que cometeu”, disse. “Para trabalhar com futebol tem que ter credibilidade e dignidade e infelizmente temos que saber lhe dar com essa situação e saber que situação não pode existir no futebol”, afirmou.

Neneca não foi o único a perceber algo estranho no comando do futebol do Progresso. Dois dias depois da saída do supervisor de Futebol, o goleiro Leandro e o atacante Washington também deixaram o Alviverde. Assim como o supervisor, à época, os atletas também não comentaram sobre suas saídas do clube de Mucajaí.

Em contato com o presidente do Progresso, José Tarquinio, para saber detalhes do caso, como ficaria a situação dos atletas do clube e se o Progresso continuaria no Estadual, Tarquinio chegou a atender a ligação, mas ao saber que era da Folha interrompeu a ligação e desligou o aparelho que ficou fora de área até a noite de ontem.