Apesar da extinção da diretoria do Ministério da Educação responsável pelas escolas cívico-militares, as 33 unidades do modelo que existem em Roraima, não serão descontinuadas. A fala é do secretário de Educação do estado, Raimundo Nonato.
Em entrevista ao Agenda da Semana neste domingo (8), Nonato afirmou que o modelo é bem aceito no estado e “está dando certo”.
“Eu não vejo porque recuarmos no funcionamento dessas escolas militares. Talvez, com essa nova política e o Ministério da Educação sendo o grande balizador da administração educacional no país, nós como Secretaria temos que seguir as orientações macro, respeitando nossas particularidades regionais. Talvez, a tendência seria não expandir, mas erradicar Roraima não vai. Está funcionando e bem”, afirmou.
O novo ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que uma das prioridades do novo governo é incentivar a instalação de escolas de tempo-integral. Conforme Nonato, para isso, é preciso que sejam garantidos recursos.
“É um projeto maravilhoso que deveria funcionar na sua essência, mas o governo federal tem que entender que as regiões tem as suas particularidades. Não adianta a gente dizer que vai criar, sem dar condições aos estados. Manter uma escola nesse padrão sai muito caro […] nós temos que ter uma refeição verdadeiramente adequada e a per capta por aluno nesse caso, não muda”, salientou.
Atualmente, Roraima conta com cinco escolas de tempo integral na rede de ensino estadual, sendo três no interior. O secretário afirma que o modelo ainda não é bem aceito. Em alguns municípios, inclusive, pais de alunos pediram o retorno do formato tradicional, segundo Nonato.
Atualmente, Roraima possui 79.313 alunos matriculados na rede estadual de ensino. Destes, 27.885 estudam em escolas militares. Nonato revelou também que a Secretaria vai implantar um programa de saúde bucal para os estudantes.
Assista a entrevista completa abaixo:
