O exame de Mormo não será mais obrigatório para a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) em Roraima. A Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) emitiu ofício descartando a obrigatoriedade do exame para a movimentação de cavalos, burros, pôneis e asnos.
A medida, conforme a agência, está amparada na Portaria nº 593, publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que define novas diretrizes para prevenção, controle e erradicação da doença no Brasil. Antes da publicação desta resolução, o exame negativo era obrigatório e tinha validade de 60 dias.
“O Estado não emitirá normativa complementar, seguindo as determinações previstas na portaria do Mapa que determina o fim da exigência de exames de mormo como condição para emissão de GTA para trânsito e para participação de eventos onde essa exigência não conste em regulamento próprio”, explica a Aderr.
A medida, por outro lado, não exclui a obrigatoriedade de resultado negativo de Anemia Infecciosa Equina para emissão de GTA. Assim, como em caso de suspeita, os organizadores dos eventos, responsáveis técnicos e produtores rurais devem comunicar o Serviço Veterinário Oficial.
A notificação de sintomas do mormo nos equinos ou outras doenças é obrigatório para que a agência tome as medidas emergenciais. Principalmente porque a taxa de mortalidade da doença é alta e gera graves consequências para os rebanhos.
O que é Mormo?
É uma doença causada pela bactéria Burkholderia mallei, que atinge de maneira geral cavalos, asnos, burros e outros equinos. A contaminação ocorre pelo contato com secreções, pus, fezes ou urina de animais infectados, de modo que a bactéria invade a corrente sanguínea do animal e se espalha pelo organismo.
Os principais sintomas da doença nos animais são nódulos subcutâneos nas mucosas nasais, pulmões e gânglios linfáticos, além de catarro e pneumonia. Os casos mais graves costumam ocorrer em asininos e em cavalos, podendo até ser assintomático.