Ministério da Saúde lança plano de ação para reduzir casos de dengue e outras doenças em Roraima

Estado registrou até o momento 625 casos de dengue e nenhuma morte em 2024

Casos de dengue estão alarmantes em todo o país (Foto: Paola Carvalho)
Casos de dengue estão alarmantes em todo o país (Foto: Paola Carvalho)

Com objetivo de reduzir os casos de dengue, chikungunya, zika e oropouche em Roraima, além de prevenir a possibilidade de óbitos ligados à estas doenças, o Ministério da Saúde (MS) lançou um novo plano de ação para reduzir os impactos das arboviroses no Estado.

Segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses, o país contabiliza 6,5 milhões de casos prováveis de dengue e 5,3 mil óbitos por conta da doença. Em Roraima, foram 625 casos confirmados e nenhum óbito. O Painel também indicou que o Estado possui 19 casos prováveis de Zika, ainda em investigação; 45 de chikungunya e 276 casos confirmados de oroupouche.

O plano de ação, apresentado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, se baseia em evidências científicas mais atualizadas, construído com a participação de pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e dos municípios.

O programa consiste em um trabalho em seis eixos de atuação: prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial e manejo clínico; preparação e resposta às emergências e comunicação e participação comunitária. A previsão é que o programa seja trabalhado para implementação no segundo semestre do ano, quando as condições são mais favoráveis ao aumento dos casos.

No intervalo entre os aumentos de casos serão intensificadas ainda as ações preventivas como retirada de criadouros do ambiente, implementação de novas tecnologias de controle vetorial; força-tarefa de sensibilização da rede de vigilância para investigação de casos; coleta de amostras para diagnóstico e identificação de doenças que estão circulando na região.

Outra ação presente no novo plano é a capacitação de profissionais da saúde para manejo clínico, gestão de estoque de inseticidas, insumos para diagnóstico laboratorial, assistência ao paciente e revisão dos planos de contingências locais. Caso ocorra um aumento sensível de casos, o plano vai intensificar a ação para reduzir hospitalizações e evitar óbitos.

O Ministério da Saúde ressaltou que desde 2023 está em constante acompanhamento do cenário epidemiológico das arboviroses, preparando estados e municípios para atuar nos diferentes cenários que se apresentaram, emitindo alertas sobre a possibilidade de alta no número de casos e liberando recursos para ações de prevenção e controle. Para 2024, o investimento é de cerca de R$ 1,5 bilhão.

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