
Uma condição de saúde que pode passar décadas sem diagnóstico foi tema do programa Fantástico deste domingo (9). O lipedema, doença crônica que provoca acúmulo anormal e doloroso de gordura, afeta principalmente as pernas e, em alguns casos, os braços. Muitas vezes, é confundida com celulite ou retenção de líquidos.
A modelo Yasmin Brunet, uma das entrevistadas da reportagem, revelou ter descoberto a condição recentemente. “Minhas pernas estavam sempre roxas e sentia muita dor ao toque”, relatou. Segundo ela, os sintomas pioraram durante sua participação no Big Brother Brasil 24, onde percebeu inchaço e desconforto constantes.
Sintomas e diagnóstico
O lipedema se manifesta de forma simétrica, geralmente nos membros inferiores, e pode causar dor intensa, hematomas frequentes e sensibilidade ao toque. A condição também afeta a autoestima, pois a gordura acumulada tende a ser resistente à dieta e exercícios.
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Especialistas explicam que o diagnóstico é clínico, feito a partir da avaliação médica e da exclusão de outras doenças circulatórias. Exames como ultrassom Doppler e linfocintilografia podem ser solicitados para diferenciar o lipedema de condições como linfedema e insuficiência venosa.
Causas e fatores de risco
Ainda não se sabe exatamente o que causa o lipedema, mas há indícios de que fatores genéticos e hormonais tenham grande influência. A doença costuma surgir ou se agravar em momentos de mudanças hormonais, como puberdade, gravidez e menopausa.
Opções de tratamento
O tratamento do lipedema pode incluir medidas clínicas e cirúrgicas:
- Mudanças na alimentação: Dietas anti-inflamatórias podem ajudar a reduzir o inchaço e o desconforto.
- Atividade física: Exercícios aeróbicos e musculação podem amenizar os sintomas.
- Terapias complementares: Uso de meias de compressão, drenagem linfática e controle da dor com medicamentos específicos podem trazer alívio.
- Cirurgia: Em casos avançados, a lipoaspiração especializada pode remover a gordura doente e melhorar a qualidade de vida da paciente.
Mesmo sendo descrito pela primeira vez em 1940, o lipedema ainda é pouco conhecido e frequentemente subdiagnosticado.