O Departamento de Turismo (Detur) ligado à Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) vai retomar, entre os dias 14 e 15 de agosto, o projeto de acolhimento de visitantes em Terras Indígenas.
Os encontros planejados com as populações indígenas de Água Fria, situada em Uiramutã, e Surumu, localizada em Pacaraima, serão coordenados por membros do Detur. O foco desses encontros será promover o etnoturismo, estratégia contemporânea da gestão atual, que almeja realçar a cultura local e estimular uma economia sustentável.
Bruno Muniz, diretor do Detur, explicou: “Fomos convidados pelas lideranças indígenas do Centro Regional Água Fria para dialogar sobre a retomada do plano de visitação turística das regiões. O Centro envolve 10 comunidades no projeto de visitação em terras indígenas, e o Governo do Estado estará presente para retomar o diálogo sobre a implementação do plano, mantendo o contato e a parceria com as agências que operam hoje no etnoturismo, com as devidas autorizações”
As ações estavam suspensas desde 2020 devido à situação pandêmica. Agora, com a retomada prevista, o projeto de Turismo em Terras Indígenas, apoiado pelo Governo de Roraima, visa incluir cursos de capacitação para que as comunidades possam desenvolver seus planos e, posteriormente, submetê-los à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para efetivação do turismo.
Alguns dos cursos previstos englobam: Iniciação ao Turismo, Técnicas de Hospedagem e a Cultura de Bem Receber em Roraima. Adicionalmente, serão realizados workshops em manejo de alimentos e técnicas de aproveitamento de recursos naturais para confecção de artefatos.
Destinos Turísticos em Foco
Em Pacaraima, Surumu destaca-se como ponto principal de visitação, sendo uma passagem frequente para quem deseja visitar Uiramutã, município com a densidade indígena mais expressiva do Brasil, de acordo com o Censo de 2022 do IBGE. Uiramutã também abriga o Centro Regional Indígena do Flexal, que já tem um plano de acolhimento de visitantes sob análise da Funai.
O Centro Regional Água Fria se mostra relevante por oferecer atrativos como inscrições antigas nas rochas, objetos funerários e a preservação da língua original da região. Um dos destinos mais procurados é a comunidade do Caju, onde é possível avistar o Monte Roraima ao alcançar cerca de 600 metros de altitude.
Com a revitalização desse projeto, busca-se estabelecer uma visitação ecológica e sustentável, em que as vozes locais sejam respeitadas e seus interesses e expectativas sejam atendidos. Essas ações têm o potencial de gerar uma fonte de receita significativa para essas comunidades, melhorando os serviços para os visitantes e trazendo outros benefícios decorrentes da atividade turística.
Com informaçõe da Secom Roraima
