Com a chegada de agosto, muitos revivem o antigo ditado: “agosto, mês do desgosto”. Mas de onde vem essa crença que associa o oitavo mês do ano a sentimentos tão negativos? Ao mergulhar na história e na cultura popular, encontramos algumas pistas que podem esclarecer essa superstição.
Se olharmos para a história antiga, descobrimos que várias culturas associavam agosto a eventos infortúnios. No antigo Império Romano, por exemplo, antes de ser renomeado em homenagem ao imperador Augusto, o mês era chamado de “Sextilis”. Durante essa época, grandes catástrofes, como incêndios devastadores, ocorreram, marcando o período com uma sombra de desgraça.
Além disso, os aspectos climáticos também podem influenciar essa visão. Em diversas regiões, agosto é sinônimo de extremos climáticos, seja pelo calor escaldante ou pelo pico da temporada de furacões e tempestades. Essa natureza volátil do clima pode ter contribuído para a ideia de que o mês traz consigo uma aura de infortúnio.
A agricultura é outra esfera que pode lançar luz sobre a questão. Em várias partes do mundo, agosto representa um momento crítico para os agricultores. Marca o término da estação de crescimento e a iminência da colheita. Condições climáticas adversas nesse período podem comprometer todo o trabalho de um ano, gerando preocupações e tensões.
O mês de agosto também é cercado por crendices. Acredita-se, por exemplo, que casamentos celebrados durante esse mês estão fadados ao fracasso, embora não haja evidências concretas que respaldem tal crença.
Contudo, é crucial entender que a ideia de agosto ser um “mês do desgosto” é uma construção cultural. Em muitas culturas e regiões, agosto não carrega essa conotação negativa. No fim das contas, o mês pode ser tão auspicioso ou inauspicioso quanto qualquer outro, dependendo das experiências e crenças pessoais de cada um.