
Utilizar o azeite extra-virgem na cozinha não é apenas uma questão de sabor e textura, mas também uma escolha inteligente para ajudar a preservar os valores nutricionais dos alimentos. Estudos do Centro de Pesquisas em Alimentos (FoRC) da Universidade de São Paulo (USP) apontam que o azeite extravirgem é capaz de diminuir a perda de nutrientes dos alimentos durante o cozimento.
O levantamento foi feito com dados de mais de 90 trabalhos científicos, por um pesquisador da FoRC, com apoio de outros pesquisadores da Universidade de Barcelona, na Espanha.
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Uma das revelações do estudo é que o azeite não pode oxidar em temperaturas mais altas, portanto, cozinhar com esse tipo de óleo é sim considerado mais saudável. Outros dados reforçados são o poder antioxidante do azeite que protege os nutrientes do próprio óleo e dos demais alimentos.
Cozimento
O método de cozimento com azeite também influencia na preservação dos nutrientes, segundo a pesquisa. A que mais preserva é a técnica do salteado na frigideira, que cozinha alimentos rapidamente em fogo alto, em movimentos constantes e com pouca gordura. A técnica que perde mais nutrientes é a assada no forno, por envolver um tempo maior de cozimento e temperaturas bem mais altas por muito mais tempo.
O estudo também reforça o motivo do azeite necessariamente precisar ser o na forma extravirgem e sua comparação com outros óleos mais comuns no Brasil, como o de soja, girassol, canola e milho.
Segundo a pesquisa, o azeite extravirgem é por conta do seu processo mais natural, pois os azeites são retirados diretamente das olivas e não passam por processos de refinação e industrialização, sem envolver aquecimentos. É dito que outros processos físicos como a filtração e a centrifugação, utilizadas na produção do azeite extravirgem, preservam mais a estrutura do óleo e sua composição.