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Professor diz que eleitores são novos zumbis cibernéticos

Durante entrevista, o Cientista Social, Paulo Racoski falou sobre o processo eleitoral e suas características

O professor universitário e  Cientista Social, Paulo Racoski foi entrevistado durante o programa ‘Quem é quem’ apresentado pela jornalista Cida Lacerda na Rádio Folha FM 100.3.

Durante a entrevista, o professor deu destaque para a participação dos eleitores por meio das redes sociais e dos conflitos entre votantes polarizados. Segundo ele, a participação dos eleitores e dos candidatos por meio das redes sociais ocorrem desde o último pleito.

Para o professor, o papel das redes sociais na eleição se mostra ainda mais relevante quando observadas as taxas de acesso à internet no Brasil e o crescimento do número de usuários de Facebook, Whatsapp e Twitter nos últimos anos.

 “As redes sociais foram um grande diferencial no processo eleitoral desse ano, desde 2013, as pessoas faziam convocações para manifestações por meio delas. Esse ano, essa propaganda eleitoral se massificou por meio da internet.  Além de uma arena virtual e tecnológica, os eleitores e candidatos fizeram um combate direto. Hoje o eleitor brasileiro se mostrou como ele é verdadeiramente, as máscaras caíram. Você fica apavorado com que as pessoas dizem, não há mais como esconder, é como uma visão de raio-x, nós nos colocamos a prova.” explicou.

Para o professor, houve uma reclamação intensa das pessoas que não conseguem acompanhar a velocidade das informações sobre o processo eleitoral que chegam por meio dos aplicativos e das redes sociais.

“Na estrutura do consciente e do inconsciente as notícias são acessadas de formas diferentes, a rede social virou uma praça pública para debater entre si, e muitos alunos chegaram a me reclamar sobre os conflitos entre a família, com a quantidade de informações que não há como saber se são verdadeiras ou fake news. As pessoas vão absorvendo toda essa energia na nossa estrutura cerebral e psicossocial, e aos poucos estamos dentro de uma guerra cibernética. E as pessoas vão recebendo essas informações tanto de lado A e lado B que são novas táticas de guerra, e nosso cérebro não tem como digerir em tempo hábil, transformando todos os eleitores em zumbis” afirmou o professor.