A violência contra a mulher e também a violência sexual infantil vêm crescendo no Brasil nos últimos anos. Cresce ainda mais agora em meio à imprescindível quarentena para o combate eficaz ao coronavírus. Os motivos são claros: mulher e marido violentos, mães e pais que habitualmente agridem filhos, todos estão nesse momento mais tempo juntos e em um lugar fechado — os seus lares.
Para falar sobre o tema, o Quem é Quem desta segunda-feira, 27, recebe a coordenadora Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres, Graça Policarpo.
“De janeiro a abril, a Casa da Mulher Brasileira atendeu 1.299 mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, sendo que somente em abril foram registrados 152 denúncias. As denúncias são na maioria de violência física e psicológica. Nesse período de quarentena há uma subnotificação de casos, então as mulheres podem entrar em contato pelos telefones 98108-6310, 991125793, ou 180”, afirmou Graça.
“Uma lei sancionada que altera o artigo 22 da Lei Maria da penha, e obriga o agressor a participar de programas. É preciso se falar para os homens que a violência não deve ser cultural”, disse.
Sobre o funcionamento da Casa da Mulher Brasileira, Graça disse que é contínuo.
“A casa funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana e feriado. Tem a delegacia da mulher, defensoria pública. Quando a mulher chega ela é ouvida e encaminhada pra a rede de proteção”, explicou.
Ainda no Quem é Quem de hoje, Edson Freitas, que é presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, que irá tratar sobre a flexibilização no comércio, sobre o funcionamento dos shoppings.
Ele irá tratar também sobre a expectativa de vendas para o dias das mães, e sobre as compras do executivo municipal e estadual que durante a pandemia estão sendo flexibilizadas para que sejam feitas no comércio local.
“O comércio está ainda com muita cautela por conta dessa pandemia, temos essa preocupação com a saúde dos clientes e funcionários, mas não dá pra ficar com as lojas fechadas. Com a obrigatoriedade das máscaras já da pra flexibilizar ainda mais. A CDL entrou na justiça pedindo a abertura do comércio e aguarda a decisão”, disse.
Ainda segundo Freitas, todos os setores do comércio foram afetados.
“Até mesmo os supermercados tiveram quedas nas vendas, os delivery de pizzas e hamburguês estão conseguindo se superar, mas os outros tipos de restaurante estão amargando prejuízo, assim como os postos de gasolinas também tiveram quedas nas vendas”, relatou.
Sobre os preços abusivos, Edson informou que orienta os lojistas para não agir dessa forma.
“A orientação que a gente dê é que quando o fornecedor repasse um preço maior que o normal é que ele tenha uma justificativa muito plausível para isso, para evitar que multas sejam aplicadas. Temos conversado com lojistas e com o Procon”, informou.
Sobre as compras de órgãos públicos, Edson disse que mesmo estando na lei para que o setor público compre de empresários locais não tem sido seguido em Roraima.
“Recentemente a Prefeitura comprou cestas básicas de empresa de fora, o que poderia ter sido feito aqui mesmo no comércio local”, relatou.
Sintonize na frequência 100.3 FM ou acompanhe a live do programa no Folha BV Play.
Acompanhe a evolução de casos em Roraima no gráfico interativo abaixo: