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Roraima volta a registrar foco da mosca da carambola

Um inseto macho foi detectado, pela primeira vez, no município de Alto Alegre no úlitmo dia 30 de outubro

No último dia 30, um novo foco da mosca da carambola, um inseto macho, foi detectado no município de Alto Alegre, a 90 quilômetros da capital, na região Centro-Oeste do Estado, ao aparecer em uma das armadilhas da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (Aderr) e do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Foi a primeira vez que o município registrou uma incidência desse tipo.

O diretor de Defesa Vegetal da Aderr, Luiz Cláudio Estrella, explicou que já houve casos nos municípios de Amajari, em Pacaraima e Uiramutã, e que a localização do novo foco em Alto Alegre preocupa. As primeiras medidas já foram tomadas. “Ações de contenção com a barreira fitossanitária foram intensificadas e mais de 300 armadilhas foram instaladas para prevenir e tornar mais eficiente a coleta dessa espécie, como pulverizadores e lançamentos de blocos embebidos em inseticida com feromônio sexual”, disse.

Estrella explicou que uma das primeiras medidas após a detecção foi estabelecer um perímetro dentro da sede do município, retirar todos os frutos da carambola e de outras frutas hospedeiras, coletar e colocar em sacos plásticos e vedar. Dessa maneira, caso existam exemplares de larvas nesses frutos, eles vão perecer se guardados em sacos plásticos ou enterrados. Outra medida foi acionar a equipe de educação sanitária para mostrar à população o risco que se corre com a presença da praga.

O diretor relatou que este é um problema que o Estado vive há anos. De origem da Malásia, a mosca da carambola chegou a Roraima por meio das Guianas e tem o agravante de não possuir inimigos naturais. “A reprodução é alta e pode causar prejuízos enormes, por isso é a praga quarentenária mais preocupante do Brasil, principalmente nas áreas de produção, pelo impacto econômico e social”, justificou.

Na avaliação de Estrella, o foco que apareceu em Alto Alegre, contraditório a tudo que estuda, provavelmente é originária de Pacaraima, região Norte do Estado, e foi levada a Alto Alegre por meio das pessoas que levam produtos oriundos da Venezuela.

Amanhã, 6, uma reunião no Ministério da Agricultura será realizada para analisar o foco detectado e avaliar os resultado dos armadilhas que foram implantadas. Na reunião, o diretor informou ainda que será discutido o possível fechamento da área. “Alto Alegre é um grande produtor de tomates e pimentas, então é preocupante ter focos na região. Amanhã teremos mais respostas”, declarou.