É muito comum que as crianças questionem os pais ou cuidadores que não têm nada para fazer e acredite, os momentos de tédio são essenciais para o desenvolvimento infantil.
A psicóloga britânica, Sandi Mann, autora do livro The Science of Boredom (A Ciência do Tédio), diz que o tédio é uma emoção e uma busca do cérebro que não é satisfeita, ou seja, quando alguém quer fazer algo e não se sente satisfeito, isso é chamado de tédio.
Desde muito cedo as crianças buscam continuamente por estímulos e essa é uma maneira de tentar compreender o mundo ao redor.
Só que conforme as crianças crescem, os pais tendem a pensar que elas precisam ser entretidas seja com algum esporte, cursos além da escola, etc, mas quando nem assim a criança se sente satisfeita, os pais acabam se rendendo aos equipamentos eletrônicos.
Desenvolvimento da imaginação e criatividade necessita do tédio
O site de roupa infantil, Datitia, também especialista no universo da maternidade e infância, traz alguns pontos relacionados ao tédio e sua funcionalidade para o desenvolvimento infantil.
Uma das principais funcionalidades do tédio é o estímulo à imaginação e à criatividade. Antes da era digital, as crianças lidavam de maneira mais “esforçada” com os momentos de tédio e dali saíam diversas brincadeiras, descoberta da leitura, a interação com amigos, etc.
É fundamental que os pais permitam aos seus filhos, sentir tédio, sem se render às telas, surgira a ela: procure alguma coisa para fazer!
E quando a criança apresenta dificuldades de se manter entretida, como lidar?
Nesses casos, há algumas dicas aos pais ou cuidadores, como:
Você é o primeiro exemplo no qual a criança se inspira, então mostre a ela que também se sente entediado às vezes e nesses momentos você faz outras coisas, como ler um livro, cuidar do jardim, fazer algum artesanato, etc.;
Fique de olho na opção que o seu filho escolhe para se entreter, se for um quebra-cabeças, por exemplo, estimule ela na atividade, participe, se ela pedir;
Quando a criança não sabe o que fazer, apresente a ela opções como reorganizar os brinquedos, te ajudar a fazer algo como cuidar do jardim, ler alguns dos livros que ela tem que ainda não leu, etc.;
Limite o tempo às telas (a orientação geral é a de que o tempo não exceda duas horas por dia);
Entre outras.
O grande desafio para os pais está em não ceder às reclamações da criança e tentar entretê-la da maneira mais fácil que é por meio das telas! Estimule-a sempre a sair do tédio sozinha.