Saiba qual é o limite de decibéis em eventos em Boa Vista

Tema ganhou destaque após um jovem autista ter sido ameaçado por convidado de festa na casa do vizinho, por ter pedido para abaixar o volume do som.

Saiba qual é o limite de decibéis em eventos em Boa Vista

A preocupação com a poluição sonora em eventos ganhou destaque, após um recente incidente na última quinta-feira (21), envolvendo um jovem autista ameaçado por um participante de um evento ocorrido no sábado (16), na casa do vizinho da vítima. A família do jovem havia feito o pedido para que fosse reduzido o volume do som no evento.

De acordo com a Prefeitura de Boa Vista, perturbar o sossego público é crime ambiental previsto na Lei Municipal nº 513/2000 e regulamentada pelo decreto 79/2000. As multas para quem insiste na prática variam de R$ 18,65, o equivalente a 5 Unidade Fiscal Municipal (UFM), a R$ 1.865.000 (500.000 UFM) ou pagamento de penas alternativas.

Quanto ao volume de som permitido é de 55 decibéis no horário das 7h às 22h, e 45 decibéis no período noturno entre as 22h às 7h. Somente para os veículos de propaganda volantes, devidamente autorizados, podem utilizar o volume de 85 decibéis, em movimento e somente até as 22h. Em caso de engarrafamento ou proximidade de hospitais, escolas, casas de saúde, templos religiosos este som deve ser desligado.

A Prefeitura orienta que em casos de perturbação, seja feita a denúncia pelo 156.

O caso recente, envolvendo ameaças a um jovem autista, repercutiu nas redes sociais. O irmão do jovem teria recebido um áudio, que foi posteriormente divulgado, em que o acusado afirmava que se o jovem continuasse “atrapalhando as festas” ele iria invadir a casa para “bater no jovem”.

A mãe da vítima, Karla Pinheiro, em nota, destacou a importância de combater o preconceito e tomar medidas judiciais para proteger a família. Ela ressaltou as dificuldades enfrentadas pelas famílias atípicas, destacando a necessidade de lutar por respeito e inclusão.

O acusado, em nota publicada e posteriormente indisponível, alegou que o áudio divulgado foi parcial, pedindo desculpas. No entanto, a mãe da vítima relata comportamento preconceituoso anterior do acusado, que estudava com um de seus filhos.