Indústria e Construção

Sinduscon e CBIC reforçam tentativa de diminuir déficit habitacional em RR

A pauta já foi debatida por associações e entidades durante a apresentação de demandas para o Plano Plurianual do governo federal

Fala foi dada em coletiva pela vinda do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)
Fala foi dada em coletiva pela vinda do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

As tratativas para diminuir o déficit habitacional em Roraima e na região Norte também já estariam sendo apresentadas pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Roraima (Sinduscon-RR) e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Foi o que reforçaram os presidentes das entidades, Clerlânio Holanda e José Carlos Martins, respectivamente, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (13) na sede sindical.

O sindicato irá apostar na divulgação de dados trimestrais sobre o setor imobiliário no estado, com apoio da CBIC. Na ocasião, o presidente do Sinduscon reforçou que procura acessibilidade de moradia, principalmente diante da situação roraimense que tem mercado caro e renda baixa.

“A gente trabalha pela ampliação e procurando soluções. Hoje mesmo tivemos uma agenda com o prefeito, e depois teremos com o governador, para falar que se a gente não fizer no formato que o programa está vindo e nem parcerias do governo federal, prefeitura e governo do estado, está fadado a não termos nenhuma habitação agora com o que entrará em Roraima”, disse Holanda.

Conforme o presidente do sindicato, apenas 20% dos recursos destinados ao programa são utilizados na região Norte. O restante retorna para aplicação nas regiões sul e sudeste. Por isso, também destacaram a necessidade de políticas públicas e envolvimento dos parlamentares.

“Existem inúmeras alternativas. O estado pode entrar com terreno, a prefeitura pode entrar com terreno, o estado pode entrar com rede de água pela CAER. Tudo isso minimiza o custo da construção e nós temos vários estados que são casos de sucesso. A gente procura alternativas e estamos alertas para fazer o Minha Casa, Minha Vida acontecer”, finaliza.

José Carlos Martins, presidente da CBIC, apontou que as várias concessões dentro da reforma tributária, os vícios construtivos (falhas na obra) e o excesso de burocracia são barreiras enfrentadas pelo segmento. Os processos de emissão de documentos relacionados às construções são, conforme Martins, demorados, geram perda de tempo e gastos ao consumidor.

Plano Plurianual

As associações já debateram a pauta durante a apresentação de demandas para o Plano Plurianual do governo federal. De acordo com os representantes, os programas de habitação são um “grande gargalo” em Roraima e no país, porque não têm continuidade e acompanhamento das construções.