
O mundo financeiro iniciou a semana em clima de forte instabilidade. A entrada em vigor de uma nova rodada de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos a países asiáticos e europeus provocou uma reação imediata nos mercados globais, com quedas expressivas nas bolsas internacionais, valorização do dólar e recuo nos preços do petróleo.
A Bolsa de Hong Kong foi a mais afetada, com uma queda de 13,2% nesta segunda-feira — o pior desempenho diário desde a crise financeira asiática de 1997. Os principais índices de Xangai e Tóquio também apresentaram perdas relevantes, refletindo a apreensão dos investidores diante do agravamento das tensões comerciais.
Quedas nos mercados e alta do dólar
A instabilidade se espalhou para a Europa e os Estados Unidos. As bolsas europeias operaram em baixa desde a abertura, e o índice Dow Jones indicava tendência de queda no pré-mercado americano. O dólar se valorizou frente a várias moedas, especialmente as de países emergentes como Brasil, México e Argentina.
Especialistas apontam que a nova política tarifária dos Estados Unidos afeta setores estratégicos como tecnologia, energia e agricultura, e pode ter consequências duradouras para o comércio internacional.
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Petróleo atinge menor preço desde 2021
O mercado de petróleo também sentiu os impactos. O barril do petróleo bruto registrou seu menor valor desde abril de 2021, pressionado por temores de desaceleração da atividade econômica global e redução na demanda por combustíveis.
Analistas temem recessão global
Com o cenário de incerteza crescente, economistas voltam a alertar para o risco de uma recessão global. A combinação de tarifas comerciais, redução na confiança dos investidores e retração nos investimentos internacionais pode prejudicar a recuperação econômica de diversos países.
Próximos passos: tensão e monitoramento
Nos próximos dias, os mercados devem acompanhar com atenção as reações diplomáticas de países atingidos pelas tarifas. A possibilidade de retaliações comerciais por parte da China ou da União Europeia pode intensificar ainda mais o clima de instabilidade.
Há expectativa de pronunciamentos de autoridades econômicas e possíveis intervenções por parte de bancos centrais, na tentativa de conter os efeitos da volatilidade nos mercados.