Linhão de Guri

Testes de carga para importar energia da Venezuela devem começar em novembro

informação foi confirmada durante reunião realizada nessa segunda-feira (23) entre o ministros de Energia do Brasil e da Venezuela; grupo de trabalho deve avaliar requisitos técnicos a serem cumpridos

Ministros de energia do Brasil e da Venezuela se reuniram para acertar os trâmites de acordo (Foto: Divulgação/MME)
Ministros de energia do Brasil e da Venezuela se reuniram para acertar os trâmites de acordo (Foto: Divulgação/MME)

O Ministério de Minas e Energia informou nesta terça-feira que a expectativa é de que em novembro sejam iniciados os testes de carga e transmissão para o Brasil voltar a importar eletricidade gerada pela hidrelétrica venezuelana de Guri.

A informação foi confirmada durante reunião realizada nessa segunda-feira (23) entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro del Poder Popular para la Energia Elétrica, Nestor Luis Reverol Torres, em Caracas, na Venezuela.

Os dois países formaram um grupo de trabalho entre representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do Operador Nacional do Sistema (ONS) e da empresa responsável pelo setor elétrico da Venezuela para acelerar as tratativas entre os dois países, verificando os procedimentos e requisitos técnicos a serem cumpridos, além dos acordos operativos.

“Vamos fazer isso seguindo todas as normas do ONS. Além de mais sustentabilidade com a compra de energia proveniente da hidrelétrica venezuelana, vamos reduzir o impacto ao meio ambiente e a poluição na região ao diminuirmos o uso das termelétricas a óleo diesel, que ainda são mais caras. Estamos prevendo uma economia R$ 10 milhões por mês para o consumidor brasileiro ao utilizar menos combustível fóssil”, afirmou o ministro.

A retomada da importação de energia da Venezuela foi viabilizada por um decreto presidencial assinado em agosto, em Parintins, no Amazonas. Atualmente, o Brasil tem intercâmbios internacionais de energia elétrica com a Argentina e com o Uruguai, além do Paraguai, por meio da Usina Hidrelétrica Binacional Itaipu.

Atualmente, Roraima é o único estado brasileiro que não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), e tem seu suprimento energético feito por meio de termelétricas a óleo diesel, que são mais caras e mais poluentes. As obras de ligação de Roraima ao SIN, por meio do Linhão de Tucuruí, foram autorizadas em agosto. A expectativa é de que o Estado seja interligado ao SIN até julho de 2025.