O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, concedeu entrevista exclusiva a Folha FM nesta quarta-feira, 11, no programa Quem é Quem.
Entre os assuntos abordados na entrevista, o presidente falou sobre o Conselho da Amazônia, do qual é presidente, políticas públicas para o desenvolvimento da Amazônia, garimpos e imigração venezuelana.
Sobre as políticas públicas, Mourão disse que o Conselho tem montado um plano estratégico para obtenção de recursos e avanços para a região norte.
“O Conselho foi ampliado com a finalidade de integrar as políticas públicas já existentes e direcionadas para a região Amazônica e assim dar uma sinergia nas ações de governo, de modo de que tenhamos mais racionalidade na execução dos recursos destinados para essa área e ter uma efetividade maior”, disse ele.
“O plano é baseado nos três objetivos estratégicos, proteger, preservar e desenvolver, e a partir daí os objetivos secundários que se traduzem nas políticas públicas que é o que interessa e que permitem que tenhamos avanço e a geração de emprego e renda”, complementou o vice-presidente.
Sobre queimadas, grileiros, e novas demarcações de terra na Amazônia, Mourão disse que é importante combater as causas e não apenas os efeitos dessas ações.
“Dentro das ações prioritárias que foram elevadas na primeira reunião do Conselho em março. Uma delas é o combate a queimadas, pois temos que combater não só os efeitos, mas sim as causas, além do comércio ilegal de madeiras, minérios e as invasões de terras da união, os chamados grileiros que é o que tem sido combatido por meio da Operação Verde Brasil 2”, explicou.
Sobre os garimpos, o vice-presidente destacou a importância de se regulamentar a exploração em áreas indígenas.
“Esse é um problema antigo, recorrente. A nossa Constituição prevê a exploração de garimpo em terra indígena desde que regulamentada pelo congresso, então precisa ter uma lei específica para isso. Não podemos tapar o sol com a peneira, uma vez que se faça a concessão isso será feito dentro da legislação ambiental e assim sem danos ao meio ambiente e com o pagamento de impostos os governos receberão os recursos e a população indígena terá os seus royalties e consequentemente renda para viver com dignidade”, acrescentou Mourão.
Sobre a imigração venezuelana, Hamilton Mourão disse que é possível que com a reabertura da fronteira a entrada de venezuelanos no Brasil, volte a crescer.
“Roraima é uma porta de entrada do Brasil com a Venezuela que há mais de 20 anos tem um governo com tendências autoritárias e uma política econômica que levou a ruína do país e o êxodo dos venezuelanos para países vizinhos. Temos que estar preparados para um próximo movimento, a partir do momento que haja uma vacina eficiente para a Covid-19, e a fronteira seja reaberta, mas o Governo está atento a isso”, frisou.