ALERTA DE GOLPE

Golpistas usam rede social Threads para extorquir e roubar dados de usuários

Um dos golpes promete pagar até R$ 12 mil para usuários que curtirem e comentarem publicações na nova rede social.

Fraudes prometem seguidores na rede social e pagamento para curtir e comentar publicações. Foto: Shutterstock
Fraudes prometem seguidores na rede social e pagamento para curtir e comentar publicações. Foto: Shutterstock

O Threads, rede social da Meta, lançado na última semana, está sendo usado por criminosos para aplicar golpes e roubar dinheiro de usuários desavisados. De acordo com o levantamento da Kaspersky, em 24 horas, mais de 200 links suspeitos usando a nova rede social como isca, incluindo uma página fraudulenta em português, destinada a prejudicar brasileiros. As fraudes trazem promessas de pagamentos por curtidas e seguidores na rede.

Um dos golpes promete pagar até R$ 12 mil para usuários que curtirem e comentarem publicações na nova rede social. Para ter acesso ao pagamento, que é falso, a vítima deve comprar uma suposta licença do aplicativo “Threads Lucrativo”, que custa R$ 147.

Em um outro golpe identificado pela Kaspersky, os criminosos oferecem a venda de seguidores na nova Ao abrir esses links maliciosos para efetuar a tal compra de seguidores, os usuários acabam caindo em uma armadilha para roubo de dados.

As imagens compartilhadas pelos bandidos chegam a utilizar supostos prints de reportagens sobre o novo aplicativo, para conferir uma falsa credibilidade ao golpe. Além disso, usa montagens com notificações falsas de pagamentos feitos pelo Threads.

“Essas promessas são golpes que usam o nome da rede social! Caso alguém aceite a extorsão, perderá o dinheiro e não receberá dinheiro nenhum”, alertou Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.

A empresa também afirmou que a prática criminosa não é exclusiva no Brasil, e que especialistas ao redor do mundo também já encontraram golpes explorando o Threads. Páginas de phishing já foram identificadas tentando se passar por uma versão Web do novo serviço.

“O Brasil é o terceiro maior consumidor de redes sociais do mundo, portanto é natural o surgimento de golpes. Os criminosos não são reconhecidos por sua ética, então usam qualquer artifício para chegar ao seu objetivo – e o mais comum é a monetização, ou seja, roubar as vítimas”, explicou Assolini.

A empresa recomenda que os usuários não cliquem em links suspeitos e só façam o download do aplicativo em lojas oficiais do Google e da Apple, ou da própria plataforma criadora — no caso, a Meta.

Também é importante conferir a URL das páginas visitadas para evitar acessar endereços falsos, além usar antivírus para evitar possíveis invasões ou perda de dados sensíveis.

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