Ainda que muitos setores da economia já tenham voltado às suas atividades, respeitando as adaptações sanitárias necessárias, alguns empreendimentos ainda sofrem com restrições que impedem suas atividades.
De acordo com a 7ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pelo SEBRAE em parceria com a FGV, para 81% das empresas, o maior desafio atualmente é buscar formas de atrair novamente os clientes para consumir seus produtos e serviços.
No entanto, os negócios que estão localizados em regiões de maior risco de aglomeração ainda sofrem com a dificuldade em retomar as operações e recuperar o faturamento.
Este é o caso dos negócios que ficam localizados em feiras, shoppings populares e outros espaços com alta circulação de pessoas. Segundo as informações levantadas pela pesquisa, esses empreendedores encontram ainda uma grande dificuldade para operar em segurança, sem colocar em risco seus consumidores e funcionários.
Pandemia pegou empreendedores despreparados
Enquanto muitas empresas já tinham experiência em operações home office ou no meio virtual, muitos empreendedores ainda não estavam preparados para operar de outras formas. O comércio, portanto, está entre os setores que mais sentiram, ao mesmo tempo que viu as compras online crescerem durante o período.
Este foi o caso dos restaurantes, que tiveram de se adaptar a essa nova realidade, fazendo entregas por delivery próprio ou se cadastrando em aplicativos.
Assim como outros períodos de crise para a economia, a pandemia deverá mudar a maneira de fazer e planejar negócios – desde a faculdade de Administração até quem aprendeu na prática a gerir seus empreendimentos.
Recuperação da economia é gradual
A mais recente Pesquisa de Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios mostrou que os pequenos negócios vêm sentindo uma recuperação lenta, mas significativa, em relação aos últimos meses. Em abril, período mais crítico para a economia desses pequenos negócios, a queda chegou a ficar 70% abaixo do normal.
Atualmente, essas perdas estão 40% abaixo do normal, gerando uma expectativa de melhora para os próximos meses.
No entanto, esses dados são menos animadores para os negócios localizados em shoppings e feiras de alta circulação, alcançando até 50% de perda de faturamento.
Para contornar essas perdas, especialistas continuam indicando o investimento em meios alternativos de funcionamento, além de usar seus recursos – como as redes sociais – para passar mais segurança aos clientes mais fiéis.