EDUCAÇÃO COM TECNOLOGIA

Professores apontam que Inteligência Artificial potencializa educação mais dinâmica

As aplicações da tecnologia estão sendo analisadas e aplicadas dentro e fora da sala de aula, como explicam Josué Viana e Hudson Araújo

Hudson Araújo professor de História, já aplica funcionalidades da tecnologia nas aulas. (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)
Hudson Araújo professor de História, já aplica funcionalidades da tecnologia nas aulas. (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

A aplicação da inteligência artificial na educação é um tema que vem ganhando espaço no ambiente educacional. Suas aplicações estão sendo analisadas e aplicadas dentro e fora da sala de aula.

Ou seja, tanto no âmbito do aprendizado em si, quanto na gestão educacional. É o que explica o reitor da Estácio Ceará, Josué Viana, especialista em Tecnologia da Informação e professor há 25 anos, quando aponta um potencial da tecnologia para avaliação pedagógica.

“Eu posso usar um algoritmo, definir a regra e definir o perfil de aluno bom. Você pode pegar um programa e pedir para analisar sua base, quais desses alunos tem um comportamento que parece no padrão de bom ou não. Você vai receber esse relatório e vai dizer se faz sentido”, exemplifica o professor.

Segundo o especialista, o uso desse relatório vai depender do educador porque também é necessário que haja uma análise dos vários pontos da realidade. Ou seja, por ser um fragmento artificial da realidade, não se pode dizer que um aluno é ruim nas aulas sem entender o que motiva um desempenho ruim.

Josué Viana é reitor da Estácio Ceará e especialista na área da tecnologia. (Foto: reprodução)

Isso é muito semelhante ao que já é praticado pelos professores atualmente, mas a vantagem da inteligência artificial e da tecnologia é a velocidade para identificar o aluno com dificuldade. Assim, Josué reforça que a IA vai depender das ações humanas.

“Eu procuro trazer clareza nessa distinção. Uma coisa é uma coisa a outra coisa é outra coisa e elas não estão lá para se meter uma na outra. Elas têm uma relação e essa relação está sob o nosso controle. O fator humano continua lá presente e ele sempre vai ser um viés que vai determinar o uso positivo ou não positivo de uma ferramenta”, defende o também reitor.

Aplicação na sala de aula

O professor de História, Hudson Araújo, explica a aplicabilidade das tecnologias dentro da sala de aula. Para ele, essa é uma forma de manter jovens conectados à educação, utilizando as habilidades com os aplicativos e redes sociais.

“A educação tem a função de aprendizagem, ensina ou construir esse conhecimento, que é muito mais uma didática de hoje. O professor é um orientador da construção do conhecimento. E esse aluno nosso? Esse aluno está dentro do uso de tecnologias, ele conhece as tecnologias, ele trabalha essas tecnologias, então a gente sempre tem que observar isso […] Eu, como educador, acredito nessa potencialidade entendendo qual é o [perfil do] meu aluno e até onde ele pode ir”, afirma.

Hudson também desenvolve uma pesquisa sobre as tecnologias e a educação e costuma utilizá-las no processo educacional. Confira mais no vídeo!