Com o avanço tecnológico, as ferramentas digitais estão cada vez mais presentes no dia a dia da população, principalmente redes sociais como o WhatsApp e o Instagram. Prova disso é que, apenas no primeiro semestre do ano, cerca de 5,7 milhões de brasileiros fizeram a sua primeira compra online durante a pandemia, segundo pesquisa da empresa de inteligência de mercado Neotrust/Compre&Confie.
Na mesma época, o Brasil atingiu a marca de 1,3 milhão de e-commerces abertos, com o maior crescimento na área desde 2015, de acordo com a 6ª edição do levantamento “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, feita pela PayPal, em parceria com a BigData Corp.
“Sabemos que o meio digital é o caminho natural para qualquer empresa que tem a pretensão de se manter viva e atuante no mercado, mas a Covid acelerou muito a tomada de decisão dos lojistas. Como sempre, crise e oportunidade parecem caminhar juntas”, acredita Thiago Chueiri, diretor de Desenvolvimento de Negócios do PayPal Brasil.
Um dos fatores que impulsionaram os negócios digitais foi justamente a impossibilidade de ir até os comércios de rua por conta da Covid-19. Neste sentido, as redes sociais atuaram como ações complementares para aumentar o engajamento e realizar vendas, especialmente considerando o WhatsApp e o Instagram, que possuem ferramentas próprias para os empreendimentos.
Desta forma, repensar os papéis das ferramentas digitais com maior adesão do público como forma de impulsionar as vendas pode ser uma alternativa em meio à crise que permanece no país, tanto para negócios físicos, como para digitais.
Recursos das plataformas
Com as atualizações, ambas as ferramentas possibilitam a criação de um catálogo às contas profissionais. No Instagram, os usuários poderão acessar e encontrar os produtos em uma aba específica dentro do aplicativo, na guia explorar ou, claro, entrando no perfil da loja, que poderá já explicitar os valores na imagem e colocar um link direto para o site final.
Por meio do WhatsApp, as imagens das contas Business ganharam ainda mais destaque, além de possuir mensagens automatizadas de saudações, horários de funcionamento e listas de espera. Há também a possibilidade de etiquetar as conversas em grupos de cores para visualizar melhor e ter o controle dos clientes que compram frequentemente, os que fizeram consultas, mas não chegaram a finalizar a compra, e os que adquiriram algum produto há meses.
Para especialistas em marketing, saber usar esses recursos é essencial para conseguir aumentar as vendas. Isso porque, na visão deles, as plataformas não servem apenas para compartilhar fotos e vídeos dos produtos, mas, sim, para criar um relacionamento com os possíveis compradores da marca.
Neste cenário, o ideal é criar campanhas e publicações atraentes para que os consumidores entrem em contato com o negócio, e não o contrário. Assim, ao produzir uma lista de transmissão no WhatsApp, por exemplo, o empreendedor deve levar em conta o nicho em que aquele cliente está inserido para não tornar o recebimento de mensagens massante.
“Ele serve para marketing conversacional, e não para disparar fotos e aguardar vendas. Use-o somente para falar com quem já se relaciona”, alerta Eder Max, consultor do Sebrae.
Publicações muito extensas também devem ser evitadas, pois, normalmente, os usuários das redes sociais se prendem mais aos recursos visuais, como fotos e vídeos, e costumam ignorar os textos.