Maduro apresenta atas eleitorais do seu partido à Justiça da Venezuela

Informação foi divulgada pelo próprio presidente venezuelano

CNE afirma, desde 28 de julho, que Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela. Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
CNE afirma, desde 28 de julho, que Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela. Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

O presidente Nicolás Maduro anunciou, nesta sexta-feira (9), que as atas eleitorais dos partidos que apoiam seu governo foram entregues ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela. O material diz respeito à investigação sobre a eleição presidencial de 28 de julho.

“O Partido Socialista Unido da Venezuela [PSUV] e o Grande Polo Patriótico de Simón Bolívar [coalizão de partidos que dão apoio ao governo Maduro] têm a experiência, o maquinário, a organização, a capacidade profissional e a expertise para realizar processos eleitorais e ter todos os documentos que hoje foram entregues à Sala Eleitoral [do TSJ]”, informou Maduro aos jornalistas após a audiência com os magistrados.

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Desde quarta-feira (7), representantes dos 38 partidos participantes e nove dos dez candidatos estiveram no TSJ para audiências. O principal candidato da oposição, Edmundo González, não compareceu, alegando que a investigação do TSJ invadiu as competências do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Os partidos que apoiam González não entregaram as atas, afirmando que publicaram os registros na internet. Maduro criticou a oposição por não fornecer os documentos. “A Sala Eleitoral [do TSJ] ia pedir a todos os partidos políticos todas as informações necessárias e eles se apresentaram com as mãos vazias”, disse o presidente, acrescentando que vai pedir ao Ministério Público que solicite que todas as audiências sejam tornadas públicas. 

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Emissão de atas eleitorais

Na Venezuela, após a votação, as atas eleitorais são impressas pela urna e distribuídas aos fiscais. O CNE, no entanto, ainda não divulgou os dados por urna, e seu site está fora do ar. Diosdado Cabello, do PSUV, defendeu a falta de publicação das atas, argumentando que os resultados são fornecidos e que eventuais problemas podem ser resolvidos com as atas.