DIPLOMACIA

Ministros tratam sobre brasileiros presos em garimpo venezuelano próximo a Essequibo

Defesa dos brasileiros está confiante no andamento do caso após a intervenção do Itamaraty e que o grupo seja julgado até o fim deste mês

Os ministros Juscelino Filho, das Comunicações, e Mauro Vieira, das Relações Exteriores (Foto: Márcio Batista/MRE)
Os ministros Juscelino Filho, das Comunicações, e Mauro Vieira, das Relações Exteriores (Foto: Márcio Batista/MRE)

Os ministros Juscelino Filho, das Comunicações, e Mauro Vieira, das Relações Exteriores, trataram sobre a situação dos 16 brasileiros presos na Venezuela desde outubro de 2023 por crimes como tráfico de materiais, associação criminosa e crime ambiental. Eles foram localizados em um garimpo de Bolívar, estado fronteiriço ao território guianense de Essequibo, reivindicado por Nicolás Maduro.

O Ministério das Relações Exteriores reiterou à imprensa nacional o que disse à Folha em dezembro: que presta apoio consular aos brasileiros, todos nascidos no Maranhão, o estado de Juscelino. O Itamaraty, no entanto, não informou maiores detalhes do que foi tratado pelos ministros sobre o assunto.

A reunião foi realizada na quarta-feira (17) teve como pauta principal o G20, grupo presidido pelo Brasil que reúne as 20 maiores economias do mundo. O País sediará a cúpula em novembro de 2024, com mais de 100 reuniões.

Uma audiência com os brasileiros, um venezuelano e um guianense estava marcada para terça-feira (17), mas foi adiada para a próxima terça-feira (23) pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela após a ausência do Ministério Público. A defesa dos brasileiros está confiante no andamento do caso após a intervenção do Itamaraty e que o grupo seja julgado até o fim deste mês.

Por outro lado, caso sejam condenados por todos os crimes, os suspeitos podem pegar, no mínimo, dez anos de prisão. Se por um deles, a pena mínima é de cinco anos. Na semana passada, em entrevista à Folha, o assessor jurídico do grupo, o advogado Diego Rodrigues, revelou que a juíza do caso admitiu a possibilidade de liberá-los, mas que a situação de cada um seria analisada.

“Nós temos prova de que eles estavam trabalhando legalmente para uma empresa que tem autorização do governo venezuelano para exercer essa atividade. O que ocorreu é que desconfiaram da documentação dos brasileiros, que tinham o termo provisório para estar naquele País. Eles desconfiaram dessas licenças porque atualmente elas estão suspensas”, explicou Rodrigues, na ocasião.