Damares pede para RR mostrar ao Brasil resultados da migração venezuelana

Senadora eleita e ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos citou o juiz federal da Venezuela, Oswaldo José Ponce Peres, que se refugiou em Roraima para fugir da fome e da perseguição de seu País de origem

A senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) atacou nesta segunda-feira (10), em Boa Vista, o ditador venezuelano Nicolás Maduro, durante ato de campanha pró-Bolsonaro. Na companhia da primeira-dama Michelle Bolsonaro, ela incentivou o eleitorado de Roraima a mostrar ao Brasil os impactos da migração no Estado.

“Todos vocês que têm um parente e amigo fora de Roraima precisam descrever o que é o comunismo. As nossas ruas estão cheias de fugitivos do regime do ditador sanguinário da Venezuela […]. As pessoas do Sul não sabem o que é passar o regime comunista”, declarou.

Foi batendo nessa tecla que a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos disse acreditar que Roraima será importante para a virada do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022.

No evento, Damares citou o exemplo do juiz federal da Venezuela, Oswaldo José Ponce Peres, que se refugiou em Roraima para fugir da fome e da perseguição de seu País de origem. O magistrado estava no ato, inclusive, confirmando com a cabeça o discurso da ex-ministra. “Se não tem emprego pra juiz federal, imagine para um trabalhador braçal na Venezuela”, discursou.

Ao defender a atenção do Governo Bolsonaro às crianças com deficiência, a senadora citou o exemplo do missionário Ademir “Mimica”, que morou com o povo Sanumá, na Terra Indígena Yanomami. “Há 15 anos o Mimica falou para o mundo que algumas comunidades, as crianças indígenas com deficiência não são bem aceitas. Sofreu junto comigo, mas agora tá trabalhando comigo, porque tem um presidente da República que protege crianças com deficiência”.

Damares e Michelle vieram a Roraima pela caravana “Mulheres com Bolsonaro”, acompanhadas das deputadas federais Antônia Lúcia Câmara (Republicanos-AC), Margarete Coelho (Progressistas-PI), Patrícia Ferraz (Podemos-AP), Sílvia Waiãpi (PL-AP) e Celina Leão (Progressistas-DF), eleita vice-governadora do Distrito Federal.


Damares Alves ao lado de Michelle Bolsonaro em Boa Vista (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A caravana é uma ofensiva da campanha da reeleição do presidente em conquistar o eleitorado feminino pelo Brasil. Conforme a primeira pesquisa Datafolha de segundo turno, Lula tem a preferência de 50% das eleitoras, contra 41% do atual presidente. Outras 7% indicam votar em branco ou anular o voto, enquanto 2% se dizem indecisas.

O evento, marcado por tom religioso pelas orações e referências bíblicas nos discursos, foi prestigiado por mais de 10 mil pessoas, segundo a organização. Estiveram no ato políticos locais, como o governador reeleito Antonio Denarium (Progresistas), o senador Mecias de Jesus (Republicanos), além de secretários estaduais.