Cotidiano

Roraima tem pior saldo de criação de emprego em toda região Norte

Os números de criação de empregos em Roraima tiveram saldo negativo no mês de julho deste ano, segundo relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (MTE). Foram 115 postos fechados, o que representa o pior índice de criação de vagas de serviço em toda a região Norte, considerando que os demais estados apresentaram crescimentos no setor.

Os dados detalhados de Roraima apontam que houve 1.373 admissões contra 1.488 desligamentos, o que deixou o saldo negativo. Avaliando os números registrados até o momento, o Estado continua em más condições. No ano foram 12.164 admissões contra 12.938 desligamentos, deixando o saldo novamente negativo, desta vez com 771 postos fechados.

O índice só fica positivo quando é levado em consideração o acumulado do último ano, onde foram contabilizadas 22.042 admissões e 21.477 desligamentos, deixando um saldo de 565 novos postos de trabalho criados com carteira assinada.

SETORES – Ainda em Roraima, em julho de 2018, o setor que teve o maior número de desligamentos foi a de construção civil, que contratou 74 pessoas e demitiu 217, deixando o saldo em -143. O setor de serviços também apresentou dados negativos, com 449 contratações e 493 demissões, resultando em um saldo de -44. A agropecuária (-3) e o setor de extrativa mineral (-1) fecham os números negativos.

O comércio teve o maior saldo positivo, com 687 contratações e 629 demissões, resultado no índice de 58 novas vagas. Os setores da indústria de transformação (9), serviços industriais de utilidade pública (8) e administração pública (1) também tiveram números positivos.

DEMAIS LOCALIDADES – Da região Norte, o Pará teve o maior saldo com a criação de 3.509 vagas de emprego, seguido pelo Amazonas com 1.283, Rondônia com 808, Amapá com 505, Acre com 371 e Tocantins com 237.

Avaliando somente a região Norte, os setores que mais cresceram variam para cada localidade. No Acre e Tocantins, a construção civil; no Amapá e Pará, o comércio; o Amazonas, a indústria da transformação; e Rondônia, o setor de serviços.

No restante do país, São Paulo foi o estado com o maior número de vagas de emprego criadas em julho, com 15.333. Considerando todo o país, o Brasil registrou a abertura de 47.319 novos postos de trabalho, uma variação positiva 0,12% em relação ao índice do mês passado. A alta no emprego formal em julho foi resultado de 1.219.187 admissões e 1.171.868 desligamentos.

Também houve crescimento do emprego formal nos setores de agropecuária (17.455 postos), serviços (14.548 postos), construção civil (10.063 postos), indústria de transformação (4.993 postos), serviços industriais de utilidade pública (1.335 postos) e a área extrativa mineral (702 postos). Apenas os setores de administração pública (-1.528 postos) e comércio (-249 postos) tiveram saldos negativos no restante do país. (P.C.