Cultura

Alunos participam de oficina de muralismo

Atividade faz parte da programação do Grafita RR

A V edição do Grafita Roraima trouxe uma programação extensa para escolas da capital, serão cinco dias de atividades. A oficina realizada nesta segunda feira (29), na escola municipal Jóquei Clube levou o muralismo, pintura em mural, para crianças do ensino fundamental.

O estudante Rene Silva, 9 anos, aluno do segundo ano, aprovou a iniciativa dos artistas.

Para ele, as atividades deveriam fazer parte do ensino escolar. “Acho que deveria ter sempre essas atividades na escola, para que a gente pudesse pintar” disse.

Para a professora de Alfabetização na escola, Ana Lúcia, a atividade é motivadora também para os alunos estrangeiros “Essa interação com os migrantes é muito importante e tem despertado interesse nas crianças, principalmente nas crianças venezuelanas e em cada turma nós temos alunos estrangeiros que podem interagir de uma forma espontânea” explica.

Este ano, as oficinas contarão com artistas locais e artistas venezuelanos que já vivem em Boa Vista e trabalham com artes. A coordenadora do projeto Leila Baptaglin, professora da Universidade Federal de Roraima (UFRR), explica que a ideia é apoiar outros projetos de integração Brasil e Venezuela

” Durante o evento, artistas venezuelanos ministram oficinas aos alunos, uma oportunidade para compartilhar um pouco da sua produção e vivência. A escola já possui um projeto com migrantes e a ideia relacionar estes projetos com o grafita. A programação está mais extensa e também mais cuidadosa, com isso, os participantes tem mais tempo para realizar as atividades e aprender um pouco mais sobre o grafite”

O artista venezuelano, Luiz Hernandez ,24 anos, que mora em Roraima há três anos participa pela terceira vez do evento e comenta a experiência de ministrar as oficinas.

“A integração é linda. Trabalhar nas escolas e participar da educação com as crianças é inspirador. Nós tentamos levar incentivo porque muitos não tem oportunidade de conhecer esta arte”, afirma.

Por acadêmica de jornalismo Yara Walker