Política

Anchieta Júnior diz que está  elegível e critica concorrente

Candidato ao Governo classificou ação como inócua: “Já fui excluído do processo no TRE e também no TSE”

O ex-governador José de Anchieta Júnior (PSDB) esclareceu à reportagem da Folha que continua candidato, apesar do recurso do advogado Frederico Leite no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a decretação de sua inelegibilidade por crime eleitoral que teria sido praticado na eleição de 2010. 

“Essa tentativa da govenadora [Suely Campos] através de seus advogados é inócua, pois já fui excluído do processo no TRE e também no TSE. Então não tem sentido e lamento muito a governadora estar insistindo na ilegibilidade de uma pessoa que está apta. Tentar derrubar candidato no tapetão não tem graça. O bom de ganhar eleição é nas urnas e, se tiver de perder, perca pelo povo não votando e não na Justiça Eleitoral”, disse.

Anchieta citou que Suely está em “situação difícil”. “Ela que cuide da situação jurídica dela, pois está em situação difícil. Espero que consiga reverter para ir para urnas e ser avaliada pelo povo, visto que está inelegível, podendo concorrer com liminar e correndo risco de não terminar a campanha”, frisou.

NEGATIVA – O presidente regional do Progressistas, deputado federal Hiran Gonçalves, gravou um vídeo negando que o partido estivesse envolvido na ação contra Anchieta Júnior. Ele afirmou ainda que o advogado Frederico Leite não representa o partido e afirmou ter sido pego de surpresa com a notícia da ação.

“O advogado é da governadora Suely Campos, que vai concorrer à eleição pelo Progressistas nesse pleito, mas a ação é de 2010, anterior a minha gestão e não tem nada a ver com a  eleição atual”, explicou Gonçalves. 

O deputado federal disse que espera que essa eleição seja limpa e que todos os candidatos possam concorrer. “Para que não reste dúvida sobre essa questão, eu deixo claro que espero uma eleição limpa, e que vença o melhor e que seja o melhor para nosso estado”, pediu.

O CASO – O Progressistas (PP) e outras seis siglas ingressaram com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a decretação de inelegibilidade do ex-governador Anchieta Júnior (PSDB), por crime eleitoral praticado na eleição de 2010. 

O agravo regimental foi protocolado na segunda-feira, 13, após decisão do TSE que cassou o mandato do então vice de Anchieta, Chico Rodrigues. O entendimento é que a mesma penalidade de inelegibilidade deve ser aplicada a Anchieta Júnior, pela prática dos mesmos crimes.

O TSE entendeu que houve gastos ilícitos durante a campanha eleitoral de 2010 por parte da chapa majoritária, mas retirou José de Anchieta da ação por ele ter renunciado ao cargo. Entre os crimes, estão a compra de grande quantidade de camisetas amarelas, a contratação de pessoal de forma irregular e o pagamento efetuado em espécie durante a campanha eleitoral.