Cotidiano

Basa tem R$300 milhões para serem aplicados em Roraima no ano de 2015

Desafio da instituição bancária é aumentar o total de recursos aplicados, pois no passado apenas 12% foram liberados

Um dos principais investidores no crescimento e desenvolvimento do Estado, o Banco da Amazônia (Basa) tem aproximadamente R$300 milhões disponibilizados pelo Ministério da Integração para investimentos nos setores do agronegócio, pecuária, agricultura, piscicultura e de micro, pequenas, médias e grandes empresas do Estado.
O montante é maior que o disponibilizado em 2014, que chegou a R$278 milhões, dos quais, porém, apenas R$33 milhões foram aplicados em projetos de criação, crescimento e melhorias dos setores nos 15 municípios do Estado, o que significa que foram aplicados somente 12% do total disponível. Mas, apesar de pouco, o gerente do Basa, Misael Moreno, comemora considerando que houve aumento no percentual de investimento em relação à média histórica dos últimos dez anos, que era em torno de R$20 milhões anuais em aplicações no Estado.
Para este ano ele mostra otimismo. “Mesmo com todas as sinalizações econômicas de pouco crescimento no Brasil, estamos otimistas que este ano vamos superar esse valor de investimento em Roraima. Nossa meta é de chegar a pelo menos R$100 milhões”, frisou. “Mas, se a demanda for maior, o montante de R$300 milhões pode ser maior e podemos remanejar recursos de outros estados”.   
Ele explicou que os R$33 milhões investidos em 2014 foram divididos em 54% para aplicações em micro, pequenas e grandes empresas e 46% para o agronegócio. “Percebe-se que houve um aumento significativo em relação a anos anteriores, no que diz respeito à pequenas empresas. A demanda de investimentos do Basa em 2014 foi bem equilibrada nos dois setores”, observou. “Mas precisamos acabar com os entraves existentes que atrapalham uma aplicação maior no Estado”.
GARGALOS – Misael Moreno creditou o baixo índice de aplicação de recursos aos entraves naturais que ainda persistem no Estado, tais como questão fundiária, energética e licença de alvarás. “Mas podemos dizer que, aos poucos, os entraves vão se desatando com algumas decisões já tomadas. Algumas ainda persistem, como o licenciamento ambiental e a regularização fundiária. Sem isso, não tem como ter acesso ao financiamento, e essa é a principal dificuldade que temos. O problema de energia confiável também atrapalha o desenvolvimento”.
Para ele, os produtores e o banco aguardam com expectativa a conclusão e a aprovação do Zoneamento Econômico Ecológico de Roraima, o que pode mudar o panorama econômico do Estado. “Será um marco importante para a economia do Estado, pois além de mapear a cultura por região, o ZEE vai permitir o zoneamento agrícola e, com isso, o produtor poderá ter seguro da lavoura e mais segurança na aplicação dos recursos”, disse.   
Outro ponto destacado pelo gerente do Basa foi quanto às medidas tomadas em relação à liberação de alvarás. “Essa lei emitida pela Prefeitura de Boa Vista, mostrando um novo entendimento sobre a liberação de alvarás e habite-se, fez com que as micros e pequenas empresas tivessem mais acesso a investimentos do Basa. Acredito que em 2015 a procura deve aumentar bastante”, frisou.