Cotidiano

“Precatório e enquadramento são prioridades” diz reeleito

Flávio Bezerra continua diretor-geral por mais três anos. Durante o processo, duas urnas foram impugnadas, porém não houve prejuízos ao pleito

AYAN ARIEL

Editoria de Cidades

Com um total de 781 votos, o atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima, Flávio Bezerra, da chapa “Educação, Respeito e Luta”, foi reeleito para mais três anos de mandato à frente do sindicato. A equipe de Bezerra também venceu a disputa pelo Conselho Fiscal da instituição, com 806 votos.

Na segunda colocação para a diretoria, a chapa “Sinter, Nossa Força, Nossa Voz!”, encabeçada por Albanira Cordeiro, recebeu 550 votos, seguida da coligação “Renovação”, tendo Ilma Xaud como pretendente ao cargo, que atingiu 395 votos. Última colocada do pleito, a chapa “União e Ação”, com Larry Tony como candidato principal, angariou 379 votos.

Já para o Conselho Fiscal, também concorreram “União e Força”, que obteve 530 votos, e “Renovação”, que abocanhou 431 votos.

Dos 5.887 eleitores aptos a manifestar sua opção, 2.121 foram às urnas. Desses, 2.105 tiveram seus votos considerados válidos. Durante o processo, duas urnas foram impugnadas, porém não houve prejuízos ao pleito.

Agora, prestes a assumir o cargo novamente no próximo dia 20, o atual diretor do sindicato disse que a equipe eleita irá continuar trabalhando nos processos dos precatórios a serem pagos aos servidores da União, pelo enquadramento, pela contemplação do Reconhecimento de Saberes e Conhecimento (RSC) para todos os professores e pela correção das progressões dos servidores federais. 

Sobre esse último item, o diretor reeleito comentou: “Muitos deles estão recebendo abaixo daquilo que deviam ganhar e inclusive alguns desses estão próximo da aposentadoria”.

Bezerra aponta a busca pelo enquadramento de todos os professores na Lei 892/1030, ou Lei do Magistério do Estado de Roraima, que dá a opção de cargas horárias de 20 a 40 horas. “Agora, em dezembro, a ação vai para a terceira instância e esperamos ganhar mais uma vez. Que o Estado cumpra e não recorra novamente, pois ainda há possibilidade de recorrer”, completou.

Além desses pontos, deve ser prioridade da gestão lutar pela correção salarial dos professores prometida pelo governo para 2020, implementação do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) dos técnicos em educação (vigias, copeiras e merendeiras), entre outros compromissos.

O diretor reeleito destacou que o atendimento do sindicato ao trabalhador melhorou desde que assumiram o primeiro mandato, sendo ele administrativo ou jurídico. Além disso, houve avanços em relação ao acompanhamento aos municípios.

“Temos três subsedes ativas e atuantes, que participam da vida do município, e nesse mandato queremos organizar em todo o Estado as filiais do sindicato em cada cidade, pois é uma maneira de atuar efetivamente naquele local. Fora a questão social dos companheiros aposentados, que eram esquecidos, e hoje tem atividades quase diárias. Isso abraça essas pessoas como um todo”, ressaltou Bezerra.

Candidata disse que irá recorrer da votação

Candidata pela coligação “Renovação”, a professora Ilma Xaud, que foi a terceira mais votada no pleito, comentou que sua campanha correu de forma tranquila, buscando votos com o eleitorado. Porém, teve que enfrentar boatos acerca de sua candidatura.

“Para as outras chapas, parece que a adversária é a urna, então falavam coisas como ‘chapa branca’. Meu mal é ter trabalhado a minha vida toda pela educação e era a única coisa que eles comentavam. Eu acho que o sindicato é para lutar por nós, trabalhadores”, relatou Ilma. Porém, ao ser questionada se iria recorrer do resultado, ela disse que não recorreu.

Já Albanira Cordeiro, segunda colocada pela chapa “Sinter, Nossa Força, Nossa Voz!” criticou a forma como o pleito ocorreu e afirmou que irá recorrer judicialmente do resultado.

“Teve mais de 40 pessoas sindicalizadas de uma única urna que tiveram seu direito cerceado, pois a direção do Sinter não informou à comissão quem realmente poderia votar, então cortaram muita gente. A vontade da categoria era de participar do fato, mas foi uma coisa muito atropelada, por isso vamos recorrer”, salientou a candidata. 

A Folha tentou entrar em contato com os outros candidatos para comentar sobre os resultados das eleições, porém não obtivemos retorno de nenhuma das chapas. Ressaltamos que o espaço está aberto para quaisquer manifestações.