Cotidiano

800 pessoas devem participar do Grito dos Excluídos 

Edição deste ano em Boa Vista, terá inicio às 16h

A tradicional manifestação Grito dos Excluídos, que ocorre em paralelo ao desfile cívico-militar do dia 7 de setembro, terá sua 25ª edição neste sábado (7). O ato é coordenado pela Igreja Católica em conjunto com movimentos sociais, de estudantes e trabalhadores. De acordo com a organização, o público estimado é de 800 pessoas.

Com tema “Vida em Primeiro Lugar” e lema “Este sistema não vale: lutamos por justiça, direitos e liberdade”, a edição deste ano em Boa Vista, terá inicio às 16h, próximo à escola Estadual América Sarmento, no bairro Sílvio Botelho, zona oeste da capital, com encerramento na Praça de Eventos do Parque Germano Augusto Sampaio.

De acordo com coordenador das Pastorais Sociais da Diocese de Roraima, Irmão Danilo Bezerra, o ato é um espaço de luta e de reivindicação.

“Há 25 anos ele vem contribuindo com o processo de participação da sociedade. Se temos algumas garantias e direitos, o Grito faz parte desta história.” disse.

Para Fabio Almeida, coordenador da Frente Sindical, Popular e de Lutas, os “excluídos” são todos aqueles que não participam da gestão pública e por meio do Grito se sentem capazes de lutar pela mudança, através da organização, mobilização e resistência popular.

“Nós temos uma população cada vez mais excluída desse processo econômico e social. Essa realidade precisa ser debatida e vista pela sociedade. O Grito tem exatamente este papel. É um momento de protesto no dia que o Brasil comemora uma independência que atende a poucos”, destaca.

PROGRAMAÇÃO – A abertura da caminhada será feita pelo bispo de Roraima, Dom Mário Antônio da Silva. Logo após, o primeiro grito aborda o Sínodo para a Amazônia e o cuidado da Casa Comum.

Ainda segundo os organizadores, durante a caminhada, haverá diversas paradas temáticas. Nestas, as entidades sociais participantes poderão ter espaço para gerar reflexões sobre os temas propostos nesta edição. Serão discutidas as políticas públicas básicas, o combate da violência contra mulher e comunidade LGBT, corrupção, posse da terra aos agricultores familiares, migração e questões indígenas.