Cotidiano

Acir acredita em crescimento da economia de Roraima 

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Roraima (Acir), Jadir Correia, disse que em 2019 o comércio no Estado viveu apenas de expectativas de melhoras devido a mudanças de governos nas esferas federal e estadual. Ele destacou que para este ano haverá crescimento no mercado e que a perspectiva maior está voltada para os setores de alimentação, vestuário, higiene e medicamentos, além da rede ligada ao turismo, como bares e restaurantes.

“Temos uma população estimada em 380 mil habitantes em Boa Vista e aproximadamente 600 mil em todo Estado, segundo o IBGE, e temos o consumo nestes setores. Ninguém deixa de comer, de se vestir, de cuidar da saúde, de fazer higiene e de se divertir, então a tendência é crescer”, afirmou.

Em relação as crescimento de 2019 e as perspectivas para este ano, Jadir lamentou o ano de 2019 e acredita que 2020 haverá crescimento, inclusive com aumento de contratação no mercado de trabalho. 

“Não tivemos um ano de 2019 de avanços no comércio local, mas foi um ano de expectativas de melhorias e esperamos que estas expectativas se concretizem este ano”, disse. “Esperamos que o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) deixem o governo de Jair Bolsonaro tomar algumas decisões que ele prometeu durante a campanha e que não está conseguindo fazer; e que isso possa girar a economia do Brasil e que possa atingir Roraima”, afirmou. “Nosso comércio já cresceu, nosso agronegócio está se desenvolvendo e já compramos a maioria de nossa alimentação produzida no Estado. Se o governo municipal e estadual mantiver os salários em dia, vamos começar a gerar emprego e renda”, afirmou.

Ele lembra que em 2017 e 2018 o comércio de Roraima, em especial da Capital, Boa Vista, sofreu um dos piores momentos de sua história devido ao atraso no pagamento dos servidores estaduais e das empresas terceirizadas.

“No final de 2018 e início de 2019, quando o novo governo assumiu e colocou os salários dos servidores em dia, isso influenciou e melhorou muito o comércio e a economia local, afinal nosso Estado ainda está na economia do contracheque e não tenho a menor dúvida que o comércio melhorou muito com os servidores recebendo em dia”, disse.

Jadir ressalta ainda que os servidores assalariados que sustentam a economia do Estado. “O servidor assalariado, os mais pobres, é que gastam no Estado. Recebem e saem pagando as contas e fazendo compras no comércio e fazendo o dinheiro circular. Os ricos viajam e compram mais caro lá fora, e não sei por que as pessoas dizem que é barato lá fora, não entendo por que dizem que a cesta-básica de Roraima é uma das mais caras do país. Falam do preço da carne, mas ainda é uma das mais baratas do Brasil. Você vai num restaurante em qualquer outra capital do país e é bem mais caro que em Boa Vista”, afirmou, destacando os benefícios que a Área de Livre Comércio (ALC) tem trazido para o comércio e a economia de Roraima.

“A Área de Livre Comércio de Roraima já está consolidada no Estado e não posso aceitar que alguém diga que não barateou nada. Quem diz isso não tem conhecimento e nem lembra do preço que pagavam antes”, disse. “Hoje compramos produtos no mesmo preço que nos grandes centros”, afirmou.

Para exemplificar, Jadir Correia citou a vinda de grandes redes de lojas nos últimos anos para Boa Vista. “Isso prova que temos uma economia forte, se não fosse, estas grandes empresas não vinham se instalar em Boa Vista, foi feita antes uma pesquisa e comprovou que temos uma economia forte, temos consumo e uma Área de Livre Comércio que beneficia a vida das chamadas lojas Âncoras para o Estado”, disse.

Por outro lado, Jadir citou o empréstimo consignado como um fator que tem prejudicado muito a economia do Estado.

“O empréstimo consignado atrapalha nossa economia. É um dinheiro que acaba não circulando no Estado. Isso não é bom para nenhuma economia. É o mesmo que comer hoje o que ainda vai ganhar amanhã. As pessoas são influenciadas pela propaganda bonita e a facilidade de ter um dinheiro caro, com juros altos, e isso acaba atrapalhando muito a economia de Roraima”, afirmou.

Outro ponto negativo que, segundo ele, atrapalha o desenvolvimento econômico do Estado, é a deficiência energética.   

“Há muito tempo que Roraima carece de uma energia confiável, de qualidade. Nossa energia é muito cara, temos que ter energia boa e a preço justo para atrair investidores, instalar indústrias e fazer a economia crescer”, disse. (R.R)