Cotidiano

Acolhimento a venezuelanos está em alerta

Com mais de 10 mil venezuelanos interiorizados no Brasil em pouco mais de um ano e meio de existência, o projeto Brasil do Bem está sob alerta: a qualquer momento, a Operação Acolhida pode ser comprometida caso seja detectado algum caso de Coronavírus na Venezuela.O projeto consiste em acolher e oferecer aos refugiados venezuelanos, que chegam ao Brasil pela fronteira em Roraima, a chance de reconstruírem suas vidas em solo brasileiro. 

O alerta é do empresário Carlos Wizard, que há quase dois anos mora em Boa Vista para acompanhar e promover a interiorização de quem deixa o país vizinho em busca de condições melhores de sobrevivência. “Até o momento, a Venezuela não reportou nenhum caso de pessoa infectada, entretanto, a chegada de chineses ao país é frequente. É preocupante, uma vez que as condições de saúde da Venezuela são precárias e a imunidade da população é baixa. É uma ameaça à operação Acolhida”, diz.

O empresário explica que a maior preocupação é que a Venezuela siga o exemplo da Coreia do Norte. “A Coreia do Norte também afirma não haver nenhum caso decoronavírus até o momento, entretanto, vale lembrar que o país filtra as informações e não divulga a realidade. É preocupante que a Venezuela siga o mesmo caminho”, ressalta. Carlos Wizard acrescentou ainda que fontes diplomáticas de Brasília afirmaram que, na Coreia do Norte, é comum a prática de extermínio de pacientes que contraíram o vírus Convid-19.

Projeto Brasil do Bem – Vida nova, casa nova, emprego novo para mais de 10 mil venezuelanos que chegaram ao Brasil. É esse o resultado de pouco mais de um ano e meio de trabalho desenvolvido pelo projeto Brasil do Bem, liderado pelo empresário Carlos Wizard e sua esposa Vânia – que trabalham na linha de frente em Roraima para oferecer aos refugiados um recomeço. Através da plataforma www.BrasildoBem.com.br pessoas do bem de todo o país colaboram nessa causa humanitária.

“Atualmente estou convidando líderes empresariais, comunitários e religiosos a contribuir no acolhimento de famílias venezuelanas que chegam ao Brasil fugindo da fome, da miséria e da crise humanitária que afeta o país vizinho”, explica. Por meio do projeto, são criadas oportunidades para que as milhares de pessoas que chegam ao País reconstruam suas vidas em outras cidades e estados brasileiros e tenham acesso à moradia, alimentação, saúde, emprego e renda.

Um exemplo da mudança promovida na vida dessas pessoas é a família Gutierrez. O casal Malvis (41) e Jordalis (38), são professora e operador de empilhadeira, respectivamente, e têm dois filhos e chegaram ao Brasil fugindo da crise. Depois de interiorizados, eles se estabeleceram em Dourados (MS) e abrigam mais um amigo venezuelano em sua casa. Ela está trabalhando como executiva de venda de uma marca de cosméticos e ele como operador industrial de um frigorífico. Como eles, vários outros venezuelanos puderam recomeçar suas vidas em território brasileiro. A expectativa é de que, até julho, quando o projeto Brasil do Bem completa dois anos, 15 mil acolhimentos sejam realizados. Os contatos do projeto são o site www.brasildobem.com.br ou telefone (19) 99955.9050.