Cotidiano

Aprovados em concurso da Polícia Penal cobram curso de formação em 2022

Grupo montou nesta segunda-feira, 20, acampamento em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, no Centro Cívico de Boa Vista

Os aprovados na segunda turma do concurso da Polícia Penal de Roraima, realizado em 2019, cobram do governo o curso de formação para 2022. Um grupo montou nesta segunda-feira, 20, acampamento em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, no Centro Cívico de Boa Vista, para reivindicar que dentro da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022 seja aprovado o recurso para este fim. 

Conforme a aprovada no certame, Gislayne Silva, o curso de formação é uma etapa do concurso, então, pode-se formar os 447 aprovados em todas as etapas e, posteriormente, serem nomeados de forma escalonada, conforme a necessidade. 

“Nós da segunda turma do concurso da Polícia Penal estamos reivindicando orçamento, porque até quarta-feira deve ser votada a LOA 2022 e a gente está buscando a aprovação de uma emenda parlamentar que já existe para podermos fazer o curso de formação ano que vem”, pontuou. 

Ela destacou que neste ano foi realizada a formação da primeira turma aprovada no certame e 423 foram empossados, sendo que 444 fizeram o curso. Gislayne explicou que o quantitativo inferior foi devido à resolução do Departamento Penitenciário Nacional que limita 700 cargos dentro da instituição.

“Porém, essa quantidade era suficiente em 2017, quando o sistema prisional tinha 2,5 mil reeducandos. Hoje, esse quantitativo praticamente duplicou e tem mais de 4,2 mil detentos no sistema penitenciário de Roraima. Todavia, a legislação de quantidade de cargos não foi alterada”, detalhou. 

Desta forma, a aprovada no certame ressaltou que aumentou a população carcerária, mas não a quantidade de policiais penais. “A resolução fala que tem que ter uma quantidade mínima de policiais penais por reeducando, sendo um policial penal em serviço dentro das unidade para cada cinco detentos”, citou.

Diante desta demanda, Gislayne avaliou que existe a necessidade de ampliar os cargos. “Nosso objetivo é estarmos formados, porque a necessidade já existe e é urgente, inclusive, pois a Polícia Militar já saiu das guaritas das unidades Então, a quantidade de servidores que entrou já está praticamente defasada. Além disso, novas unidades prisionais serão inauguradas e elas vão precisar de pessoal”, finalizou. 

O governo se pronunciou por meio de nota.

Leia na íntegra:

O Governo do Estado esclarece que já convocou 423 novos policiais penais da primeira turma que fizeram o curso e hoje integram o contingente de 700 agentes do sistema prisional, quantitativo acima da necessidade atual do sistema.

Informa que o governo trabalha na conclusão de obras de novos presídios e de melhorias do sistema prisional, para então gerar a necessidade de efetivo humano para conduzir as atividades nos presídios construídos.