A Hutukara associação Yanomami denunciou um novo ataque a tiros da região do Palimiu, na reserva indígena Yanomami.
De acordo com Dário Yanomami, um grupo de garimpeiros distribuídos em três barcos atacaram na comunidade e iniciaram um tiroteio contra a comunidade na noite deste domingo, 13 de junho, às 19h30. A informação foi dada em carta foi endereçada a Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami – FUNAI, Superintendência da Polícia Federal em Roraima – PF/RR, 1ª Brigada de Infantaria da Selva do Exército e ao Ministério Público Federal em Roraima.
Segundo ele, um grupo de garimpeiros distribuídos em três barcos atracaram na comunidade e iniciaram um tiroteio contra a comunidade.
QUALIFICAÇÃO
Socorristas de municípios do interior recebem capacitação
Ao todo, cerca de 40 profissionais recebem o treinamento neste mês
STF
ANJ faz alerta para decisão que responsabiliza a imprensa por declarações de entrevistados
No alerta, a ANJ diz que uma das principais preocupações da associação é em relação à tese definida pelo STF, que diz respeito ao uso de termos genéricos e imprecisos, que podem levar à censura e assédio judicial contra jornalistas e veículos de notícias
“Diante do novo ataque, os Yanomami se esconderam no mato, e então os garimpeiros seguiram viagem rio acima, em direção ao garimpo do Tatuzão. Trata-se o quinto ataque de garimpeiros contra os indígenas na região em um mês. Em que pese recentes incursões da Polícia Federal e do Exército, a situação de insegurança persiste sem uma presença permanente do poder público para a contenção da violência e da perpetuação de ilícitos relacionados à atividade ilegal em terras indígenas” informou.
Carta foi assinada pelo vice presidente da Associação Hutukara, Dario Kopenawa (Foto: Divulgação)
A nota ressaltou ainda que os Yanomami de Palimiu seguem sem a presença da equipe de saúde médico na comunidade, e que portanto estão sem a possibilidade de pronto atendimento médico no caso de uma emergência.
“É urgente que o poder público atue de forma sistemática e permanente para conter a atividade do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e garantir a segurança nas comunidades, e interrompa a perpetuação da situação de ameaça aos indígenas” finalizou.
