Cotidiano

Boa Vista tem alto risco de transmissão de dengue, zika e chikungunya

Ações de combate às doenças continuam na capital

O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) realizado no mês de junho deste ano, divulgou que em Boa Vista o índice de Infestação Predial (IIP) no município foi 8,3%, considerado como alto risco para transmissão de Dengue, Zika e Chikungunya. Foram pesquisados neste levantamento, 8.198 imóveis em Boa Vista. Destes, 683 foram positivos para larvas de Aedes aegypti.

De acordo com a Prefeitura Municipal de Boa Vista, essa não é uma realidade não só de Boa Vista, mas de outras capitais brasileiras, devido o período chuvoso e que continua intensificando as ações junto à população com visitas domiciliares rotineiras, inclusive aos sábados, com a parceria dos agentes comunitários de saúde e dos militares da Força Aérea Brasileira.

“Quanto maior o percentual de infestação, maior probabilidade de transmissão das doenças causadas pelo Aedes. Pedimos que a população colabore e junte forças nessa luta contra o mosquito”, ressaltou a coordenadora do núcleo de vigilância e controle de doenças transmitidas por vetores, Priscila Azarak.

Das 683 amostras positivas para larvas de Aedes aegypti, 92,8% correspondem a residências, comércios e outros e 7,2% em terrenos baldios. “No período seco geralmente o índice é baixo, entre os meses de março e abril, por exemplo, porém esse ano, no mês de março tivemos alta, por conta das chuvas atípicas e agora em junho continua o período chuvoso, tempo propício para a proliferação do mosquito”, explica Priscila.

Em relação aos tipos de criadouros das larvas de Aedes encontrados nos imóveis, o mais predominante continua sendo o lixo doméstico (recipientes plásticos, garrafas, latas, além de sucatas em ferros velhos e outros.

Ações de enfrentamento continuam – As equipes da prefeitura continuam reforçando as ações diariamente nos bairros da capital, com visitas domiciliares para orientar a população na eliminação de criadouros; bloqueio vetorial para todos os casos notificados; controle vetorial em pontos estratégicos (PE), como oficinas e ferros-velhos; intensificação de visitas aos sábados nos bairros classificados com alto índice de infestação pelo Aedes, em parceria com os agentes comunitários de saúde e militares da Força Aérea Brasileira; capacitações para os profissionais de saúde e palestras sobre o ciclo de vida e eliminação de criadouros em escolas de Boa Vista.

Casos das doenças registrados – Até o dia 30 de junho deste ano foram notificados em Boa Vista, 267 casos de Dengue, destes, 8 foram confirmados, 194 foram descartados e 65 estão em investigação. Já de chikungunya, 44 forma notificados, 8 confirmados, 33 descartados e 3 estão em investigação. O registros para os casos de zika, 13 foram notificados, 1 confirmado, 11 descartados e 1 está em investigação.

Dicas rotineiras que todos devem estar atentos e executando diariamente:

Verificar diariamente a parte interna e externa de seus imóveis com o objetivo de eliminar criadouros, considerando que o depósito predominante deste levantamento de índices aponta o lixo doméstico como principal criadouro que está contribuindo com a proliferação do Aedes;

Realizar manejo e destinação correta para o lixo doméstico produzido no imóvel;

Manter bem fechado todos os recipientes que sirvam como depósito de água;

Trocar diariamente a água dos animais de estimação, lavando e higienizando os recipientes, eliminando os possíveis ovos do mosquito;

Esvaziar diariamente os recipientes que possam servir como pingadeiras das centrais de ar condicionado;

Telar os suspiros das fossas sépticas, averiguar se não há brechas ou rachaduras nas tampas ou laterais, pois o mosquito se prolifera também dentro das fossas.