Cotidiano

Carlos Wizard recusa convite de Doria para entrar na política

Depois de trabalhar com venezuelanos e rejeitar convite de João Doria, governador de São Paulo, para as eleições municipais, empresário será embaixador de ONG que atua em periferias

A necessidade de combater o avanço do coronavírus no país tem motivado empresários e artistas a criar estratégias de auxílio à população, e a fazer doações. Carlos Wizard Martins, fundador do movimento “Eu faço parte da solução”, é um deles.

Há uma onda de arrecadação e integração em campanhas contra a pandemia. Wizard, que ficou bilionário após vender a rede de curso de inglês e controla o Mundo Verde, tem militância na área social há mais tempo, mas agora seu foco é a Covid-19. 

Com ligações no mundo artístico, Wizard recebeu o apoio da cantora Paula Mattos, que criou uma música nesta semana e doou os direitos autorais da canção para ações sociais contra a doença.

O empresário conta ainda que recebeu um convite do governador de São Paulo, João Doria, para entrar na política e se candidatar à prefeitura de Campinas (SP), onde mora. “Eu agradeci o convite, me senti honrado, mas não posso aceitar. Estou 100% comprometido com ações sociais, comunitárias em nível nacional”, afirmou ele à coluna.

Carlos Wizard também vai se dedicar a ser embaixador da Ong Gerando Falcões, do empreendedor social Eduardo Lyra. O projeto atua em periferias e favelas, trazendo esporte, cultura e qualificação profissional. A Ong está arrecadando recursos para um programa de distribuição de cestas básicas digitais em favelas no país.

Hospital de campanha

Os seus trabalhos também estão ajudando a financiar o “Eu faço parte da solução”. Por meio deste site, ele vende seu livro “Meu maior empreendimento”, publicação na qual conta histórias sobre os dois anos em que esteve trabalhando com refugiados venezuelanos.

O livro tem custo de R$ 9, mas os colaboradores podem doar quantias diferentes para ajudar o movimento. Toda a renda obtida com a venda do livro está sendo revertida para a construção de um hospital de campanha em Campinas (SP).

Durante os dois anos em que esteve em Roraima, Wizard ajudava refugiados venezuelanos a encontrar emprego e transportava essas pessoas para diversas regiões do Brasil. O objetivo era desenvolver a autossuficiência de cada um dos imigrantes, para que cada um fosse capaz de sustentar a família com seu trabalho.

Fonte: Veja