Cotidiano

Chuvas ainda são consideradas normais e devem aumentar

Embora tenha chovido 376,2mm em maio e o Rio Branco apresente 4,8m, registros são considerados normais pelo especialista, que espera inverno mais rigoroso

Embora o inverno desse ano já tenha chovido 85,1mm de precipitação a mais que o previsto para o mês de maio e tenham sido registradas várias reclamações de comunidades ilhadas no interior, ruas alagadas e tetos desabando em estabelecimentos da capital, as chuvas ainda são consideradas dentro da normalidade dos padrões esperados para Roraima, de acordo com dados da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEMARH).

Em 2018, ano considerado como um dos invernos mais rigorosos para o estado, foi registrado no mesmo período de abril e maio o equivalente a 503,9mm de precipitação. O nível do Rio Branco em Boa Vista apresentava 4,51m. Esse ano a estimativa para o mês de maio era de 291,1, no entanto já choveu 376,2mm e o nível do Rio Branco está em 4,8m. Até o final de setembro que é quando o roraimense se despede do inverno, existe a previsão de que ainda chova 979,2mm.

Ramon Alves, meteorologista da Femarh, explica que o padrão para avaliar se as chuvas estão ou não dentro da normalidade é feito levando em consideração a média histórica de 1408,2mm além da análise dos dados do inverno anterior.

“Ainda que as chuvas para maio tenham ultrapassado a estimativa, o inverno ainda pode ser considerado normal. É importante que a população compreenda que o normal é chover bastante em Roraima. Acima de 300mm é considerado padrão no registro de precipitação. O nível do Rio Branco de fato está quase alcançando o registro do ano passado no mês de maio, mas isso ainda não nos aponta nenhum tipo de preocupação ou anormalidade” esclareceu.

O meteorologista também disse que os meses que mais irão chover no estado são junho e julho, por isso a população deve estar atenta aos cuidados caso ocorram as chuvas torrenciais, fenômenos também normais para a época. “Somente em agosto que as chuvas vão diminuir, não tem jeito, essa é a nossa realidade. Nós podemos esperar por aquelas chuvas mais fortes, com ventanias, que infelizmente trazem grandes estragos e ocorrem até quatro vezes no inverno”, disse Ramon Alves.