De 177 salas, só nove possuem refrigeração para armazenar vacinas

Em Roraima, das 177 salas de vacina contra a Covid-19, apenas nove salas dispõem de câmara refrigerada para o armazenamento das doses. Diversas centrais municipais também não possuem sistemas de segurança por meio de grupo gerador, em caso de falha no abastecimento de energia elétrica e nem câmaras refrigeradas com sistema de segurança adequado. A informação está contida no Plano para Operacionalização da Vacinação contra a doença no Estado.

O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) que funciona na Clínica Especializada Coronel Mota, recebeu em 2021 um investimento financeiro por meio da Portarias/MS nº 2.782 de 14 de outubro de 2020 (de custeio) e nº 3.248 de 02 de dezembro de 2020 (de investimento) a fim de suprir suas atuais necessidades na área de equipamentos e infraestrutura. 

Segundo o Governo, as diversas esferas de gestão do SUS (Sistema Único de Saúde) em articulação com as Redes de Frio vêm substituindo a utilização de refrigeradores domésticos pelos equipamentos recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 

Ainda segundo o plano, há previsão de recebimento de 21 câmaras refrigeradas com capacidade de armazenamento de 400 Litros em 2021, sendo 11 para a Central de rede de frio estadual e 10 para os municípios. 

No Estado, a Rede de Frio estadual organiza-se em Central Estadual e Municipais, Crie (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais) e salas de vacina, com a intenção de viabilizar a adequada logística de doses de imunobiológicos distribuídas pelo PNI (Programa Nacional de Imunização), para o alcance da cobertura vacinal no território de Roraima. 

A estrutura também é composta por uma central estadual, 15 centrais municipais e duas nos DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) e um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).

De acordo com estimativa realizada em dezembro de 2020 pelo programa de imunização, existem 191 vacinadores atuantes nos pontos de vacinação dos municípios de Roraima.

OUTRO LADO – A Folha entrou em contato com o Governo do Estado e a Prefeitura de Boa Vista para saber o motivo de apenas nove salas possuírem a câmara de refrigeração adequada para o armazenamento das vacinas, se há a previsão para a chegada de novos refrigeradores e qual o plano de gestão em caso de acontecer uma falha no abastecimento de energia elétrica. 

O Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde, informou por meio de nota que cabe ao Estado a distribuição das vacinas aos municípios, etapa cumprida em menos de 24 horas pelas equipes responsáveis dentro do Plano Estadual de Imunização. Ressaltou ainda que a responsabilidade da estruturação e monitoramento da sala de vacina é de cada município recebedor.