Cotidiano

Diretoria administrativa é alvo de operação da Polícia Civil

O alvo seria diretores da Coopebras e médicos que atuam na Saúde de Roraima

*Matéria atualizada às 9h48

Uma operação policial deflagrada na manhã de hoje (28), teve como alvo a Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras), responsável pela contratação de médicos para os serviços de unidades de saúde vinculados à Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (Sesau).

Às 6h23, duas viaturas da Polícia Civil estavam em frente ao edifício Varandas do Rio Branco, na avenida Ville Roy, bairro Caçari. A finalidade da ação é combater o crime de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta. O trabalho de investigação ainda não foi concluído e as diligências ainda estão em andamento.

Essa seria a terceira fase da operação Hipócrates, com a participação do Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de Crimes Decorrentes de Organização Criminosa e Lavagem de Capitais, Tribunal de Justiça, sendo realizada tanto em Roraima como na Bahia.

Policiais de Roraima foram à Bahia, onde com apoio de daquele estado cumpriram determinações judiciais. Durante a operação, 60 policiais participaram da ação.

Os agentes da Polícia Civil cumpriram cinco mandados de busca e de sequestro de bens de 40 veículos e 30 imóveis, nos dois estados. 

O Conselho de Administração da Coopebras para o mandato a partir de 01/04/2020 até 31/03/2024 é formado por um diretor-presidente, diretor vice-presidente, diretor administrativo financeiro, e diretor médico.

Fontes extraoficiais da FolhaBV informaram que há denúncia de peculato contra a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em razão de um esquema de corrupção para o pagamento de plantões. Ou seja, médicos que deveriam cumprir a escala de serviço na Secretaria, recebiam os valores desses plantões, mas cumpriam expedientes em seus consultórios.

A denúncia foi feita em 2019, quando tiveram início as investigações. 

PECULATO – O crime de peculato é definido pelo Código Penal (artigo 312) como a apropriação, por parte de um funcionário público, de um bem a que ele tenha acesso por causa do cargo que ocupa.

GOVERNO – Em nota, a Secretaria de Comunicação Social do Governo de Roraima  informou que após a operação do Grupo de Combate aos crimes contra a Administração Pública na Cooperativa de Médicos (Coopebras), a Sesau (Secretaria de Saúde) promoverá a alteração do modelo de prestação desses serviços e que, durante o período de transição, vai acompanhar a gestão dos plantões e serviços médicos prestados pelos profissionais contratados direta e indiretamente.

Explicou ainda que a Coopebras tem contrato de prestação de serviço junto a Sesau com a mão de obra de médicos nas unidades hospitalares do Estado.

Nesse sentido, o Governo de Roraima esclareceu que está à disposição da Justiça para colaborar no que for necessário para combater qualquer prática ilícita no âmbito da administração pública.

MINISTÉRIO PÚBLICO – O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), por meio da Promotoria de Justiça de Crimes Decorrentes de Organização Criminosa e Lavagem de Capitais, informa que aguarda a conclusão das investigações da Polícia Civil para, então, oferecer a denúncia criminal contra os envolvidos.

O MPRR também verificará o possível vazamento de informações referentes à operação realizada pela polícia, na manhã desta sexta-feira, 28 de agosto, para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, na capital.

*Mais informações a qualquer momento.