Cotidiano

Idosa que é tetraplégica aguarda há mais de dois anos por cirurgia

Aldenora Costa Magalhães espera há 2 anos por cirurgia de retirada da vesícula

Aldenora da Costa, de 61 anos, espera por uma cirurgia para retirada da vesícula desde 2019, por conta disso, as dores que ela sente têm se agravado.

Ela conta que ao procurar ajuda médica nos hospitais, apenas é aplicado morfina e depois a encaminham para casa. Essa situação já dura quase três anos.

“Em 2019 eu fui internada, e estava tudo certo para cirurgia ser feita mas logo veio a pandemia e as cirurgias foram canceladas, os médicos disseram que iam entrar em contato mas até hoje não me chamaram e nem dão nenhuma previsão para cirurgia”, afirma ela.

Aldenora foi vítima de bala perdida em 1999, quando ficou tetraplégica, além dessa limitação ela ainda sofre com fortes dores na vesícula ocasionadas várias pedras na região.

“Eu sempre sou encaminhada para o Hospital Geral de Roraima ou para Pronto Socorro Cosme e Silva, mas os médicos apenas me dão morfina para amenizar a dor, e dor até cessa, mas logo quando o efeito acaba as dores voltam, eu não aguento mais”, relata Aldenora.

Dona Aldenora implora para que essa cirurgia seja feita logo pois mora sozinha, depende de ajuda dos vizinhos.

“Eu estou tendo crise novamente, estou com duas semanas que eu não aguento a dor, eu durmo e acordo com dor, já está me dando até febre, e não tenho aqui ninguém da minha família, quem me ajuda são os meus vizinhos”, lamentou.

A Folha entrou em contato com a Secretária de Saúde de Roraima que se manifestou por meio da seguinte nota:

A Secretaria de Saúde informa que mesmo diante de todos os obstáculos as cirurgias de urgência e emergência estão sendo realizadas no Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento e foram mantidas mesmo durante a pandemia. Em relação às eletivas a gestão reforça que está adotando as medidas necessárias para a realização de todos os procedimentos, com foco em zerar a fila de espera o mais breve possível.

É importante esclarecer que os procedimentos cirúrgicos são realizados de acordo com a classificação de risco estabelecida pelo Ministério da Saúde.

A Secretaria reforça que estão sendo adotadas medidas a curto e médio prazo para que todas as demandas sejam atendidas, incluindo os procedimentos eletivos, entre as medidas estão aquisição de mais insumos, equipamentos, reorganização do fluxo de atendimento nas Unidades e contratação de mais profissionais. O objetivo é sanar as pendências o mais breve possível para que todas as demandas sejam atendidas.

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