Cotidiano

Indústria roraimense estima perda de mais de 3 mil empregos

Para tentar minimizar os impactos da crise, algumas empresas estão buscando alternativas para se manter: 34% já reduziram carga horária; 28% adotaram o sistema de home-office nas atividades possíveis e 64% buscam renegociar dívidas e outros compromissos

Um levantamento realizado por amostragem junto às empresas industriais de Roraima mostra que caso as atividades empresariais permaneçam suspensas, prejuízos expressivos devem ser registrados para a economia.

Entre as empresas consultadas, 94% já registram impactos negativos em função da paralisação decorrente das medidas preventivas ao Coronavírus (COVID-19), sendo que entre elas, mais de 60% classificam este impacto como sendo de alta escala.

Em relação às tendências deste cenário, 76% acreditam que deve piorar, pois sem conseguir produzir e comercializar os produtos, 60% terão dificuldade em pagar os salários; 58% terão dificuldades em cumprir as obrigações acessórias e recolher impostos; 56% terão de imediato dificuldades de capital de giro e pelo menos 50% já registram redução de produção.

Para tentar minimizar os impactos da crise, algumas empresas estão buscando alternativas para se manter: 34% já reduziram carga horária; 28% adotaram o sistema de home-office nas atividades possíveis e 64% buscam renegociar dívidas e outros compromissos.  

De acordo com o levantamento, a intenção das empresas é manter a empregabilidade, mas se não houver mudança de cenário, estima-se que pode haver uma queda de 34% dos 9.030 empregos diretos, o que corresponde a 3.031 demissões, sendo o setor mais afetado a construção civil, que poderá vir a demitir 2.245 trabalhadores. Nos demais setores da indústria local, a previsão é de cerca de 786 desligamentos.