Cotidiano

Lideranças indígenas de RR protestam em Brasília contra garimpos ilegais

Indígenas da Raposa Serra do Sol, Yanomami, Anaro manifestam ainda sobre o Marco Temporal

Lideranças indígenas das terras indígenas Raposa Serra do Sol, Yanomami, e Anaro estão em Brasília para participar da mobilização indígena que ocorre, desde a semana passada, contra o Projeto Lei 490/2007, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), o Marco Temporal no Supremo Tribunal Federal (STF) e outros problemas que enfrentam em suas terras, como o avanço do garimpo ilegal e da Covid-19.

Participam da comitiva, o coordenador geral do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Edinho Batista, o líder Dário Yanomami, da Terra Indígena Yanomami, Amarildo da Silva Mota, da Raposa Serra do Sol, Cícero Peres, da TI Anaro, o coordenador da Juventude Indígena de Roraima, Alcebias Constatino, as jovens indígenas, Carla Jarraira, da região da Raposa, Samara dos Santos, da região Serra da Lua, além do assessor jurídico do CIR, Ivo Cípio.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Edinho Batista, disse que o principal motivo da comissão em Brasília é “dizer não ao PL 490 e não ao Marco Temporal”. Ele disse ainda que os direitos constitucionais são sagrados.   

“Estamos aqui para dizer também não ao garimpo que está destruindo a nossa terra, a nossa terra que é sagrada”, reforçou a jovem indígena, Carla Jarraira, do povo Macuxi, da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

Pela manhã, a comitiva esteve no acampamento, onde outras delegações indígenas estão reunidas. Além disso participaram da marcha até o Supremo Tribunal Federal, para reivindicar que o caso de repercussão geral sobre demarcações de terras indígenas seja colocado novamente em pauta e que os ministros referendem o pedido de proteção aos povos Yanomami e Munduruku e a retirada de invasores destas e de outras cinco Terras Indígenas.

Participam da marcha cerca de 450 indígenas de diversos povos e regiões do país, que se somam à mobilização iniciada na semana passada na capital federal, em defesa dos seus direitos constitucionais e contra propostas legislativas anti-indígenas como o Projeto de Lei (PL) 490/2007.