Cotidiano

Lojistas estão otimistas e preveem crescimento de vendas

Alguns lojistas têm expectativa de crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2018

O Dia das Crianças, comemorado no dia 12 de outubro, é a terceira data comercial mais comemorada no Brasil, atrás apenas do Natal e Dia das Mães. Mesmo com a crise financeira que ainda está rondando os roraimenses, os lojistas do segmento de brinquedos de Boa Vista apostam em boas vendas este ano. A quem fale em crescimento de 7% em relação a 2018.  

Izarrana de Oliveira, gerente de uma loja de brinquedos no Centro, disse que já se percebe um movimento melhor do que em 2018. 

“Temos muitos clientes que estão procurando antecipar suas compras e isso demonstra que teremos uma data bem movimentada e no sábado devemos ter o ápice de movimento”, afirmou. 

Para atrair a clientela, a gerente disse que a loja aposta na promoção de recreação voltada para a criançada. “Vamos disponibilizar brinquedos, pipoca, doces e o personagem do Homem Aranha”, disse.  

Gerente de uma loja popular na avenida Jaime Brasil, Maciel Lima disse que a procura por brinquedos já iniciou, mas que espera aquecimento para esta sexta e sábado. A perspectiva do gerente é de que se supere o apurado do ano passado em aproximadamente 7%.

“Como o brasileiro sempre deixa as compras para última hora, estamos na expectativa de termos boas vendas este ano”, disse. “Embora não trabalhemos com descontos, temos preços baixos e isso é um chamativo para a clientela”, disse. 

Maciel citou que 2018 não foi um bom ano para o comércio, especialmente no dia das Crianças. 

“No ano passado estávamos saindo de uma crise econômica profunda no Estado e isso acabou refletindo nas datas festivas, e no Dia da Criança de 2018 não tivemos boas vendas”, afirmou. “Já este ano os salários dos servidores estão em dia e esperamos que isso se reflita de forma positiva no comércio”, afirmou.

A Folha falou com clientes que estavam comprando em lojas de brinquedos e percebeu que a maioria das pessoas se preocupa em fazer pesquisas de preços antes comprar.

A autônoma Fátima Batista antecipou a compra de presente e estava numa loja do Centro acompanhada da filha de três anos. “Foi ela que escolheu”, disse. “Sempre costumo comprar presentes antecipados e evitar tumultos”. “Não fui a outras lojas pesquisar preços, mas pesquisei nos sites e redes sociais e percebi que aqui os preços estavam melhores, por isso vim direto pra cá”, afirmou.

Já a funcionária pública Jane Cristina disse que aproveitou o dia de ontem para fazer a compra do brinquedo de seu filho. “Não podemos deixar para última hora, que é muito tumultuado”, disse. Porém, afirmou que não fez pesquisa de preços. “Entrei na primeira loja e comprei, até pela falta de tempo. Ainda tenho que voltar para o trabalho”, afirmou.

A servidora Maria do Carmo falou com a Folha enquanto escolhia brinquedos para serem doados para uma festa que será realizada nesta sexta-feira na Escola onde trabalha. 

“Quero contribuir para ver as crianças felizes e isso pra mim é muito gratificante”, disse. “Mas ainda não comprei tudo e vou pesquisar preços em outras lojas”, afirmou. (R.R)

Fecomércio espera movimento de aproximadamente R$ 12,3 milhões

A estimativa feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Roraima, com base no estudo da CNC, mostra que o Dia das Crianças deve movimentar em Roraima aproximadamente R$ 12,3 milhões, um aumento de 5,1% em relação a 2018.

Segundo o economista da Fecomércio-RR Fábio Martinez, esse crescimento acentuado se deve a uma melhora nos indicadores econômicos de Roraima neste ano, em comparação a 2018. De acordo com o economista “o nível de endividamento das famílias roraimenses vem caindo e a intenção de consumo aumentando, além do aumento no número de empregos formais no Estado. Tudo isso contribuiu para um aumento no consumo.”

Ainda de acordo com o Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), entre os itens mais procurados, estão brinquedos e os eletroeletrônicos. As peças de vestuário e calçados aparecem na segunda colocação, seguidas por produtos adquiridos em hiper e supermercados. Para os especialistas, o resgate parcial do nível de atividade no varejo no Dia das Crianças é resultado da combinação entre inflação baixa, parcelamentos mais longos e disponibilização de recursos extraordinários para o consumo.