Cotidiano

Mais de 200 alunos migrantes abandonaram a escola em Roraima

A Seed mantém articulação com o Unicef,  com o Acnur e o Instituto Pirilampos para localizar também estudantes imigrantes que estão fora das salas de aula

O Governo de Roraima aderiu, desde 2019, ao Programa Busca Ativa Escolar, uma iniciativa do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), para garantir que cada criança e adolescente esteja na escola aprendendo.

Para intensificar as ações do programa que possui o lema “Fora da Escola Não Pode”, nesta semana, a equipe pedagógica da Seed (Secretaria de Educação e Desporto) se reuniu com equipes do Unicef, do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) e do Instituto Pirilampos, a fim de analisar dados e promover discussões para adoção de novas estratégias. 

Na rede estadual de ensino, a busca ativa é realizada de forma contínua com visitas domiciliares e com a atuação dos orientadores educacionais, professores conselheiros de turma, mediante ação integrada junto ao Conselho Tutelar.

A Seed mantém articulação com o Unicef,  com o Acnur e o Instituto Pirilampos para localizar também estudantes imigrantes que estão fora das salas de aula. Atualmente, 214 alunos estão nesta situação.

“Nos reunimos nessa semana e repassamos uma relação de estudantes imigrantes matriculados nas escolas da rede. Como o Unicef e agências possuem acesso aos abrigos, eles vão verificar se os estudantes permanecem nos abrigos, ou se foram interiorizados”, explicou Rosilda Garcia, coordenadora do Programa Busca Ativa na Seed.

Além disso, as agências também vão localizar os alunos que estão morando nos abrigos, mas que ainda não estão frequentando a escola, para que possam ser inseridos nas instituições de ensino mais próximas.

“Na próxima sexta-feira, vamos nos encontrar novamente para consolidar todas essas informações e alinhar as estratégias de ação”, finalizou Rosilda.

 

Como funciona a Busca Ativa?

Por meio de uma plataforma, a Seed tem acesso a informações de alunos que estão fora da escola. Com os dados em mãos, é realizada uma força-tarefa em que a equipe do Departamento de Educação Básica (DEB) da Secretaria, juntamente com gestores escolares, professores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais localizam essas crianças e adolescentes, por meio de visitas domiciliares, com apoio do Conselho Tutelar.

Ao localizar os estudantes, é identificada a escola mais próxima de sua residência e então a família é acionada para que a matrícula seja efetivada, inserindo-os novamente na rede de ensino.

Com a plataforma, é possível monitorar os adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão. O sistema emite alerta e imediatamente a equipe inicia a busca do estudante. Depois de efetuada a matrícula, o acompanhamento é realizado, para garantir não só a permanência, mas o sucesso escolar do aluno.