Tem sido recorrente denúncias de que faltam equipamentos de proteção e produtos de prevenção ao coronavírus em repartições público do Estado. Dessa vez, servidores da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária) relataram que estão trabalhando em salas pequenas e lotadas e que a unidade não dispõe de álcool em gel e máscara para os trabalhadores, o que por conta da exposição, correm risco de se contaminarem com o coronavírus.

Segundo uma das servidoras da Aderr, que pediu para não ser identificada, não está acontecendo o sistema de revezamento entre os servidores, "uma medida que visa diminuir o número de funcionários para reduzir as chances de transmissão do vírus que causa a covid-19".

“Estamos totalmente expostos, e hoje, mais um colega foi internado. Não temos álcool em gel, as salas são pequenas e apertadas. Em uma sala que só poderia ter dois servidores, oito estão dentro dela. Não estamos no sistema de revezamento”, diz a servidora.

Outro funcionário público da Aderr contou que quatro servidores da unidade já faleceram por conta do novo coronavírus e outros seguem com a doença.

“Entendemos a importância dos serviços a sociedade e estamos comovidos com a partidas de nossos amigos, mas nós tememos pela nossa vida por conta desse descaso. Não temos como abrir janelas, aqui chega a ser uma incubadora para qualquer vírus. Nossas vidas devem ser preservadas”, declara.

ADERR - Por meio de nota, a diretora administrativa da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), Léia Oliveira, informou que todas as medidas de cuidado sanitário estão sendo tomadas para reforçar ações de enfrentamento ao coronavírus. 

Ela destacou que é disponibilizado álcool 70º para todos os servidores em todas  as salas, exigido o uso de máscaras para ter acesso ao prédio da agência, como também seu uso pelos servidores nas dependências da Aderr.

As iniciativas são para dar segurança ao servidor e garantir a não paralisação dos  serviços, pois de acordo com o Decreto nº 10.282, de 20 de março de 2020, do Governo Federal, a Defesa Agropecuária é considerada atividade essencial.

*Por Camila Cunha - estagiária FolhaBV