Cotidiano

Merendeira indígena morre vítima da Covid-19

Rosilda Demétrio Magalhães, de 60 anos, era da etnia Wapichana e morava em Boa Vista

A merendeira e indígena Rosilda Demétrio Magalhães, de 60 anos, da etnia Wapichana, morreu vítima da Covid-19 nesta sexta-feira (3) em Boa Vista. Ela estava internada no Hospital Geral de Roraima (HGR) desde o dia 20 de junho.

Além dela, o marido Simeão Magalhães, de 69 anos, e uma de suas filhas Silvana Magalhães, 39 anos, também foram diagnosticados com o novo Coronavírus, e ainda permanecem internados no Hospital de Campanha do Exército.

A família chegou a realizar uma campanha para financiar o tratamento dos três. À FolhaBV, as filhas de Rosilda, Laís e Rose Magalhães, agradeceram a todos que colaboraram e disseram que o valor arrecadado foi suficiente para manter as necessidades do pai e a irmã no hospital.

Rosilda era da Comunidade Indígena Barata, região do Tabaio, no município de Alto Alegre, mas morava há muitos anos na capital e era merendeira na Escola Municipal Maria de Fátima Faria Andrade, no bairro Centenário.

A Prefeitura de Boa Vista lamentou a morte da servidora em nota.

“Neste momento de dor, nos solidarizamos com a família e amigos pela perda desta excelente profissional”, diz trecho.

A indígena também foi lembrada pela deputada federal Joenia Wapichana (Rede), que destacou o jeito ‘sereno, alegre e sábio’ de Rosilda.

“Sua dedicação e esforços de vida estarão em nossa memória, como filha, mãe, esposa, avó, trabalhadora e mulher guerreira. Um exemplo a ser seguido por toda sua geração”, finaliza na nota.

MEMORIAL FOLHABV: Neste momento de luto pelas vítimas da Covid-19 em Roraima, o jornal Folha de Boa Vista abre espaço para que as famílias possam eternizar uma última homenagem. Envie o relato com seus dados, além do nome, idade e foto do familiar ou amigo (a) para [email protected] com assunto “Memorial FolhaBV”. As informações também podem ser enviadas para o WhatsApp da redação (95) 99971-5300.