Cotidiano

Mulheres migrantes conseguem direito a tratamento oncológico

Pacientes venezuelanas vivem no Abrigo Rondon III em Boa Vista

Por intermédio da Defensoria Especializada de Saúde e da Câmara de Conciliação da Defensoria, cinco mulheres migrantes que vivem no Abrigo Rondon III conseguiram dar continuidade a tratamento oncológico. A ONU Mulheres, que já tem uma parceria com a Defensoria, entrou em contato com as defensoras públicas Elceni Diogo e Inajá Maduro para orientação jurídica quanto à situação de saúde dessas mulheres. 

Entre os cinco casos de tratamento, está o da assistida Luz Mary Labrador, que teve o seu direito assegurado para realizar a radioterapia, tendo em vista que o procedimento não é realizado no estado e ela não tem condições de arcar com os custos.

“No abrigo Rondon III, surgiu essa demanda de acesso a tratamento de saúde, porque é um abrigo que concentra mulheres que estão em tratamento de câncer e estavam passando por muitos obstáculos e muitas dificuldades para conseguir medicamentos, exames, tratamento de quimioterapia, radioterapia. Algumas, inclusive, estavam sendo enviadas para fora do estado, pois aqui elas tinham esse direito negado, infelizmente”, informou a gerente de Liderança e Participação em Ação Humanitária, Tamara Jurberg.

Pelo fato de a ONU Mulheres ter uma parceria muito estabilizada com a Câmara de Conciliação da Defensoria, a gerente Tamara sentiu segurança em relatar a problemática. “Sei que a Defensoria pode assegurar o direito ao acesso à saúde, então, relatei à defensora Elceni e ela, prontamente, fez a ponte com a defensora Inajá Maduro. Apresentei a situação das beneficiárias com câncer e logo a defensora pediu para elas virem até a Defensoria, pois a  equipe da Especializada da Saúde faria o atendimento”, complementou.